Projeto de Incentivo à Permanência de Estudantes Cotistas, do Centro de Estudos Afro-Orientais(CEAO/UFBA)
Objetivo Geral
Consolidar o Programa de Ações Afirmativas da UFBA.
Cursos de Inglês, Produção de Textos e de Informática
Oficina Discutindo Inclusão e Cidadania – ciclo de debates com a participação de lideranças de organizações negras e de terapeuta ocupacional (expressão corporal)
Mostra de Cinema da Diáspora – mostra de filmes relacionados à temática étnico-racial.
Consolidar o Programa de Ações Afirmativas da UFBA.
Objetivos específicos:
- Ampliar as oportunidades de permanência na universidade para alunos negros, de escola pública e de baixa renda, estimulando o desenvolvimento de habilidades que serão de fundamental importância durante sua formação acadêmica;
- estimular o conhecimento da história e cultura afro-brasileiras;
As(Os) estudantes freqüentam os mais variados cursos: História, Pedagogia, Farmácia, Engenharia Mecânica, Química, Letras, Administração, Ciências Contábeis, Ciências Biológicas, Ciências Sociais, Secretariado Executivo, Comunicação, Design, etc...
AÇÕES DESENVOLVIDAS
Cursos de Inglês, Produção de Textos e de Informática
Oficina Discutindo Inclusão e Cidadania – ciclo de debates com a participação de lideranças de organizações negras e de terapeuta ocupacional (expressão corporal)
Mostra de Cinema da Diáspora – mostra de filmes relacionados à temática étnico-racial.
sexta-feira, 31 de outubro de 2008
VESTIBULAR DA UEG TERÁ 45% DAS VAGS PARA COTAS
O processo seletivo 2009, primeiro semestre, da Universidade Estadual de Goiás (UEG) terá 45% de suas vagas destinadas ao Sistema de Cotas. Do total, 20% serão para alunos oriundos da rede pública de ensino, 20% para afro-descendentes, negros e índios, e 5% para portadores de deficiências físicas. A UEG vai oferecer neste certame 5.005 vagas, distribuídas por 35 cursos em 41 unidades universitárias.As provas de habilidade específica para o curso de Arquitetura e Urbanismo do processo seletivo serão aplicadas no dia 9 de novembro; as da primeira fase, Conhecimentos Gerais, serão realizadas no dia 30 de novembro e as provas da segunda fase, Discursivas Específicas e de Redação serão no dia 11 de janeiro.Serão 4.004 vagas para o processo seletivo e 1.001 para participantes do Sistema de Avaliação Seriado (SAS). Os vestibulandos que se inscreverem no Sistema de Cotas concorrem normalmente com os que estão disputando as vagas pelo processo universal ou pelo SAS, mas se não forem aprovados passam a concorrer somente com aqueles inscritos dentro das cotas, tendo assim mais de uma oportunidade de seleção.A UEG é uma das instituições pioneiras no País a destinar vagas para candidatos cotistas. O Sistema de Cotas da Universidade foi instituído em 2005, no processo seletivo de meio de ano. Na época, foram reservadas 23,3% das vagas para os candidatos inscritos nesta modalidade. Em 2006, esse porcentual aumentou para 35% e, em 2007, para os atuais 45%.
quinta-feira, 30 de outubro de 2008
COLORADO, NOS EUA, VOTA PROIBIÇÃO DAS AÇÕES AFIRMATIVAS
04/11: dia de eleições presidenciais e também de referendos nos Estados UnidosWASHINGTON (AFP) — Vários referendos de iniciativa popular vão acontecer em diferentes estados americanos, junto com a eleição presidencial, em 4 de novembro. Segue abaixo uma lista com os principais:- Sobre casamento e direitos dos homossexuais: os eleitores da Califórnia vão se pronunciar sobre uma emenda constitucional que considera que o matrimônio é apenas a união entre um homem e uma mulher. Essa proposta tenta retificar uma decisão judicial que autoriza os matrimônios entre pessoas do mesmo sexo.Referendos similares serão realizados nos estados-chave de Arizona e Flórida.No Arkansas, haverá um referendo para proibir a adoção por parte de casais que não sejam casados.- Sobre a discriminação positiva: será submetida a referendo uma emenda constitucional proposta no Colorado para proibir "a ação afirmativa" em favor das minorias étnicas, ou as mulheres.- Sobre o aborto: um referendo será realizado na Califórnia para tornar obrigatória a informação dos pais e um período de espera, antes que uma filha menor aborte. Um referendo na Dakota do Sul propõe proibir o aborto, salvo no caso em que a gravidez tenha sido provocada por estupro, incesto, ou ameace a saúde da mãe.- Sobre os direitos dos animais: uma emenda constitucional é proposta na Califórnia para impor uma norma mínima para o espaço vital dos animais domésticos, entre eles as porcas prenhas e as galinhas poedeiras. Em Oklahoma, pretende-se submeter a plebiscito a elevação da caça e da pesca a direito constitucional. No Alasca, uma proposta pretende proibir a caça aérea de ursos e lobos.- Sobre energia e meio ambiente: referendo para que sejam destinados 5 bilhões de dólares aos usuários de veículos que poupam energia, ou que consumam combustíveis oriundos de fontes de energia renováveis. Na Geórgia, será submetida a referendo uma emenda constitucional que propõe proteger os bosques.
quarta-feira, 29 de outubro de 2008
quinta-feira, 23 de outubro de 2008
quarta-feira, 22 de outubro de 2008
Mais uma Universidade Federal aprova política de cotas
Aracaju/SE - A Universidade Federal de Sergipe (UFS), aprovou por meio do seu Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Conepe) o Programa de Ações Afirmativas (Paaf), que garante a implementação da política de cotas para negros e indígenas, a partir do Processo Seletivo Seriado de 2010. Com a de Sergipe chega a 53 o número de instituições públicas a adotarem ações afirmativas no país.O Programa garante a reserva de 50% das vagas para estudantes de escolas públicas. Desse total, 70% serão destinadas a estudantes autodeclarados negros, pardos ou indígenas. Também será reservada vaga por curso aos portadores de necessidades especiais.Segundo o reitor da UFS, Josué Modesto dos Passos Subrinho (foto), a aprovação do sistema “é mais um reflexo da política de expansão e inclusão vivida pelas universidades públicas nos últimos anos”. "Acredito que nossas políticas de ações afirmativas – neste caso, as cotas – é um coroamento para tornar a universidade mais inclusiva. Começamos com o aumento do número de vagas e, posteriormente, a ampliação de vagas nos cursos noturnos. Viabilizamos a interiorização da universidade, através do sistema a distância, e padronizamos o horário de ofertas dos cursos diurnos. Agora, aderimos às cotas. Todas essas medidas tornam a universidade mais receptiva", disse Subrinho.
Programa
O Programa de Ações Afirmativas da Universidade sergipana tem duração prevista de dez anos e passará por uma avaliação da Universidade após a formatura das primeiras turmas nos primeiros cinco anos, por uma comissão criada com o objetivo de monitorar o funcionamento, e sugerir ajustes e modificações.
Programa
O Programa de Ações Afirmativas da Universidade sergipana tem duração prevista de dez anos e passará por uma avaliação da Universidade após a formatura das primeiras turmas nos primeiros cinco anos, por uma comissão criada com o objetivo de monitorar o funcionamento, e sugerir ajustes e modificações.
terça-feira, 21 de outubro de 2008
Seminários Abertos sobre Estereótipos, Preconceitos e Exclusão Social
23/10/2008 Riscos e vulnerabilidade das populações
30/10/2008 Exclusão, doença e saúde mental
06/11/2008 Expressão do ódio na Internet
03/11/2008 Diversidades sexuais
20/11/2008 Aparência Física
27/11/2008 Raça, Gênero e Poder Todas as quintas-feiras, das 18 às 20 horas.Faculdade de Educação (Universidade Federal da Bahia ), no Vale do Canela.
Fonte: Fazer valer a Lei 11.645/08
30/10/2008 Exclusão, doença e saúde mental
06/11/2008 Expressão do ódio na Internet
03/11/2008 Diversidades sexuais
20/11/2008 Aparência Física
27/11/2008 Raça, Gênero e Poder Todas as quintas-feiras, das 18 às 20 horas.Faculdade de Educação (Universidade Federal da Bahia ), no Vale do Canela.
Fonte: Fazer valer a Lei 11.645/08
sexta-feira, 17 de outubro de 2008
Sem ações afirmativas, Brasil levará 20 anos para zerar desigualdade de renda entre negros e brancos, conclui Ipea
14/10/2008 - 16:22
Estudo divulgado nesta terça-feira (14/10) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), com base em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2007, revela que a diferença de renda entre negros e brancos vem caindo nos últimos anos e, se o ritmo for mantido, deve ser zerada em 2029.
De acordo com o Ipea, a renda per capita dos negros representa menos da metade da renda domiciliar per capita dos brancos. “Trata-se de uma desigualdade particularmente detestável, na medida em que não é atribuível a nenhuma medida de mérito ou esforço, sendo puramente resultado de discriminações passadas ou presentes”, informa o documento.
Essa desigualdade, no entanto, começou a cair a partir de 2001. Até 2007, um quarto da diferença foi retirada. “A pobreza é predominantemente negra e a riqueza é predominantemente branca”, ressalta o estudo. O que, no entendimento da SEPPIR, reforça a necessidade de ações afirmativas e políticas específicas voltadas para a população negra.
Analfabetismo – Os resultados da Pnad, de acordo com o estudo, evidenciam que a redução na taxa de analfabetismo na faixa etária acima de 15 anos caiu 0,4 ponto percentual em relação a 2006, fazendo o índice recuar para 10%. A concentração de analfabetos na população negra (14,1%), no entanto, é mais que o dobro da concentração na população branca (6,1%). O estudo revela ainda que a população negra (6,4 anos) tem em média 2 anos de estudo a menos que a população branca (8,2 anos).
Juventude – A Pnad identificou que o Brasil tem hoje cerca de 50,2 milhões de jovens (26,4% da população), considerada a faixa etária entre 15 e 29 anos. Destes, 14 milhões podem ser considerados pobres, pois vivem em famílias com renda familiar per capta de até meio salário mínimo. Cerca de 4,6 milhões de jovens estão desempregados. “Contudo, ao longo dos anos, as condições de vida juvenil têm melhorado em diversos aspectos: a formalização do trabalho vem se intensificando, o nível de escolaridade aumentando e as diferenças e desigualdades no que se refere à cor/ raça e gênero diminuindo”, afirma o estudo do Ipea.
Assessoria de Comunicação
Estudo divulgado nesta terça-feira (14/10) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), com base em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2007, revela que a diferença de renda entre negros e brancos vem caindo nos últimos anos e, se o ritmo for mantido, deve ser zerada em 2029.
De acordo com o Ipea, a renda per capita dos negros representa menos da metade da renda domiciliar per capita dos brancos. “Trata-se de uma desigualdade particularmente detestável, na medida em que não é atribuível a nenhuma medida de mérito ou esforço, sendo puramente resultado de discriminações passadas ou presentes”, informa o documento.
Essa desigualdade, no entanto, começou a cair a partir de 2001. Até 2007, um quarto da diferença foi retirada. “A pobreza é predominantemente negra e a riqueza é predominantemente branca”, ressalta o estudo. O que, no entendimento da SEPPIR, reforça a necessidade de ações afirmativas e políticas específicas voltadas para a população negra.
Analfabetismo – Os resultados da Pnad, de acordo com o estudo, evidenciam que a redução na taxa de analfabetismo na faixa etária acima de 15 anos caiu 0,4 ponto percentual em relação a 2006, fazendo o índice recuar para 10%. A concentração de analfabetos na população negra (14,1%), no entanto, é mais que o dobro da concentração na população branca (6,1%). O estudo revela ainda que a população negra (6,4 anos) tem em média 2 anos de estudo a menos que a população branca (8,2 anos).
Juventude – A Pnad identificou que o Brasil tem hoje cerca de 50,2 milhões de jovens (26,4% da população), considerada a faixa etária entre 15 e 29 anos. Destes, 14 milhões podem ser considerados pobres, pois vivem em famílias com renda familiar per capta de até meio salário mínimo. Cerca de 4,6 milhões de jovens estão desempregados. “Contudo, ao longo dos anos, as condições de vida juvenil têm melhorado em diversos aspectos: a formalização do trabalho vem se intensificando, o nível de escolaridade aumentando e as diferenças e desigualdades no que se refere à cor/ raça e gênero diminuindo”, afirma o estudo do Ipea.
Assessoria de Comunicação
quinta-feira, 16 de outubro de 2008
Escolaridade de negros e de brancos só se igualará em 17 anos
As desigualdades entre negros e brancos no sistema de ensino diminuíram nos últimos anos. Apesar disso, os negros estão acima da idade adequada aos níveis que freqüentam e, no ritmo atual, a diferença entre os dois segmentos só acabará em 17 anos. O dado foi revelado por um estudo divulgado nesta quarta-feira (15) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). De acordo com a pesquisa, entre 1995 e 2006 a taxa média de crescimento anual do número de anos na escola foi de 1,03 entre os brancos e de 1,06 entre os pretos e pardos. Apesar do pequeno avanço, em 2006, a população branca acima de 15 anos tinha oito anos de estudo, o equivalente à totalidade do ensino fundamental, contra seis anos entre os negros.
O coordenador da pesquisa, Marcelo Paixão, destaca que o avanço da taxa média de anos na escola pode ser explicado pelo aumento “inédito” do contingente de pretos no ensino fundamental, no entanto, destaca que muitas pessoas entraram na escola em idade superior à adequada, ou seja, mais velhas do que o ideal para a turma.
Ainda segundo a pesquisa, houve aumento no número de alunos pretos e pardos nas universidades. No caso das públicas, o pesquisador destaca a influência das ações afirmativas e nas privadas, o destaque é o Programa Universidade para Todos (ProUni) que destina bolsas de estudo a alunos carentes.
O estudo ressalta, no entanto, que entre os jovens brancos com idade de freqüentar o ensino superior, um em cada cinco estava em sala de aula, enquanto cerca de 90% dos pretos e pardos, fora dela.
“O dado mostra o quanto temos que caminhar”, afirma o professor ao defender a expansão do ensino superior para os negros, inclusive, na própria UFRJ, que resiste às cotas. 'As políticas de expansão de vagas têm que dialogar com esses indicadores, senão a gente deixa essas desigualdades persistirem por muito tempo, especialmente aqui na UFRJ”, criticou.
O levantamento coordenado pelo professor Marcelo Paixão foi elaborado com base em indicadores do governo federal. Foram utilizados dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), além de informações do Ministério da Educação e da Saúde.
(Com informações da Agência Brasil)
O coordenador da pesquisa, Marcelo Paixão, destaca que o avanço da taxa média de anos na escola pode ser explicado pelo aumento “inédito” do contingente de pretos no ensino fundamental, no entanto, destaca que muitas pessoas entraram na escola em idade superior à adequada, ou seja, mais velhas do que o ideal para a turma.
Ainda segundo a pesquisa, houve aumento no número de alunos pretos e pardos nas universidades. No caso das públicas, o pesquisador destaca a influência das ações afirmativas e nas privadas, o destaque é o Programa Universidade para Todos (ProUni) que destina bolsas de estudo a alunos carentes.
O estudo ressalta, no entanto, que entre os jovens brancos com idade de freqüentar o ensino superior, um em cada cinco estava em sala de aula, enquanto cerca de 90% dos pretos e pardos, fora dela.
“O dado mostra o quanto temos que caminhar”, afirma o professor ao defender a expansão do ensino superior para os negros, inclusive, na própria UFRJ, que resiste às cotas. 'As políticas de expansão de vagas têm que dialogar com esses indicadores, senão a gente deixa essas desigualdades persistirem por muito tempo, especialmente aqui na UFRJ”, criticou.
O levantamento coordenado pelo professor Marcelo Paixão foi elaborado com base em indicadores do governo federal. Foram utilizados dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), além de informações do Ministério da Educação e da Saúde.
(Com informações da Agência Brasil)
quarta-feira, 15 de outubro de 2008
UFS APROVA POLÍTICA DE COTAS PARA VESTIBULAR EM 2010
Terça-feira, 14 de Outubro de 2008
Inserção social
O Conselho do Ensino, da Pesquisa e da Extensão (Conepe) da Universidade Federal de Sergipe (UFS) aprovou em reunião realizada na tarde desta segunda, 13, o Programa de Ações Afirmativas (Paaf) que, entre outras coisas, institui a política de cotas na instituição. A decisão foi aprovada pela maioria dos conselheiros obtendo apenas dois votos contrários.Diante do andamento em que se encontra o vestibular 2009, o programa valerá para o Processo Seletivo Seriado (PSS) 2010. A partir de então, 50% das vagas serão destinadas a estudantes de escolas públicas. Desse percentual, 70% serão dedicados aos que se declararem negros, pardos ou índios. Será garantida, também, uma vaga por curso aos portadores de necessidades especiais.A intenção é acompanhar as mais de 30 universidades que já adotam o sistema. No entanto, as discussões sobre o tema na UFS já existem desde 2003. A partir de 2006 elas se intensificaram e, desde 2007, foi instituída uma comissão para tratar e discutir o assunto.O programa tem duração prevista de dez anos. No entanto, nos primeiro cinco anos, após a formatura das primeiras turmas, será feita uma avaliação. Para isso, será montada uma comissão com o objetivo de monitorar o funcionamento, avaliar os resultados e sugerir ajustes e modificações.
Inserção social
O Conselho do Ensino, da Pesquisa e da Extensão (Conepe) da Universidade Federal de Sergipe (UFS) aprovou em reunião realizada na tarde desta segunda, 13, o Programa de Ações Afirmativas (Paaf) que, entre outras coisas, institui a política de cotas na instituição. A decisão foi aprovada pela maioria dos conselheiros obtendo apenas dois votos contrários.Diante do andamento em que se encontra o vestibular 2009, o programa valerá para o Processo Seletivo Seriado (PSS) 2010. A partir de então, 50% das vagas serão destinadas a estudantes de escolas públicas. Desse percentual, 70% serão dedicados aos que se declararem negros, pardos ou índios. Será garantida, também, uma vaga por curso aos portadores de necessidades especiais.A intenção é acompanhar as mais de 30 universidades que já adotam o sistema. No entanto, as discussões sobre o tema na UFS já existem desde 2003. A partir de 2006 elas se intensificaram e, desde 2007, foi instituída uma comissão para tratar e discutir o assunto.O programa tem duração prevista de dez anos. No entanto, nos primeiro cinco anos, após a formatura das primeiras turmas, será feita uma avaliação. Para isso, será montada uma comissão com o objetivo de monitorar o funcionamento, avaliar os resultados e sugerir ajustes e modificações.
segunda-feira, 13 de outubro de 2008
Acesso à universidade transforma a vida de cotistas
Um movimento em prol da inserção do negro na universidade começou a crescer e se expandir no Brasil recentemente. Em várias partes do país, Instituições de Ensino Superior passaram a adotar o sistema de cotas afim de facilitar o acesso destes estudantes, além de outras iniciativas terem ganho espaço e vida, como, por exemplo, a criação de universidades cuja principal missão é a inserção do negro no terceiro grau e o debate de sua marginalização na sociedade brasileira, com o objetivo de resgatar a identidade destes cidadãos.
Esta mudança de cenário é o que deseja a estudante do curso de Administração da Unipalmares (Universidade Zumbi dos Palmares), em São Paulo, Kátia Botelho, 22 anos. "Realizei o sonho de ser a primeira da família a entrar na universidade. Prestei vestibular várias vezes, mas embora fosse a melhor de minha turma na escola estadual, não conseguia uma vaga nos grandes vestibulares das instituições públicas e via meu sonho sempre adiado. Hoje, é uma vitória estar no Ensino Superior. Conquista que espero poder ver realizada por outros estudantes como eu", afirma ela.
Kátia ingressou na faculdade em 2004, e hoje, colhe os frutos de ter tido acesso ao Ensino Superior e apoio para crescer e se desenvolver. Por meio de um acordo da Unipalmares com empresas privadas, a estudante teve a oportunidade de estagiar numa grande companhia e, hoje, ter sido contratada. "Não poderia estar mais feliz. Quando entrei na universidade ganhava pouco mais do que o valor da mensalidade do curso. Tive dificuldade para me adaptar. Assim como qualquer estudante que veio do ensino público, muitas vezes, pensei que não ia conseguir. Esse resultado é uma grande vitória pessoal", disse Kátia emocionada logo após ter recebido a notícia da efetivação.
Para a estudante, a contratação é só um dos benefícios que o Ensino Superior proporcionou. Para ela, também é preciso destacar o complemento da formação com discussões sobre a inserção social do negro, sua participação no mercado de trabalho e a reconstrução de identidade, temas trabalhados na instituição a fim de resgatar a cidadania destes jovens. "A universidade me ensinou a ter orgulho de minhas raízes e a valorizar a história de um povo que historicamente é marginalizado. Na universidade, ao contrário do que a mídia prega, a gente ouve que o negro não é só o 'pobre coitado' condicionado a ocupar subempregos, mas que temos potencial para muito mais", explica.
Fonte: http://www.universia.com.br/materia/materia.jsp?materia=14817
Esta mudança de cenário é o que deseja a estudante do curso de Administração da Unipalmares (Universidade Zumbi dos Palmares), em São Paulo, Kátia Botelho, 22 anos. "Realizei o sonho de ser a primeira da família a entrar na universidade. Prestei vestibular várias vezes, mas embora fosse a melhor de minha turma na escola estadual, não conseguia uma vaga nos grandes vestibulares das instituições públicas e via meu sonho sempre adiado. Hoje, é uma vitória estar no Ensino Superior. Conquista que espero poder ver realizada por outros estudantes como eu", afirma ela.
Kátia ingressou na faculdade em 2004, e hoje, colhe os frutos de ter tido acesso ao Ensino Superior e apoio para crescer e se desenvolver. Por meio de um acordo da Unipalmares com empresas privadas, a estudante teve a oportunidade de estagiar numa grande companhia e, hoje, ter sido contratada. "Não poderia estar mais feliz. Quando entrei na universidade ganhava pouco mais do que o valor da mensalidade do curso. Tive dificuldade para me adaptar. Assim como qualquer estudante que veio do ensino público, muitas vezes, pensei que não ia conseguir. Esse resultado é uma grande vitória pessoal", disse Kátia emocionada logo após ter recebido a notícia da efetivação.
Para a estudante, a contratação é só um dos benefícios que o Ensino Superior proporcionou. Para ela, também é preciso destacar o complemento da formação com discussões sobre a inserção social do negro, sua participação no mercado de trabalho e a reconstrução de identidade, temas trabalhados na instituição a fim de resgatar a cidadania destes jovens. "A universidade me ensinou a ter orgulho de minhas raízes e a valorizar a história de um povo que historicamente é marginalizado. Na universidade, ao contrário do que a mídia prega, a gente ouve que o negro não é só o 'pobre coitado' condicionado a ocupar subempregos, mas que temos potencial para muito mais", explica.
Fonte: http://www.universia.com.br/materia/materia.jsp?materia=14817
Que país queremos
De 11 a 14 de outubro, organizações do movimento negro se reúnem para pensar um projeto político para o povo negro no Brasil. Conheça os temas e programação
A abertura será no dia 11 de outubro, às 19 horas, durante Sessão Solene na Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, no Plenário “Presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira”.
Nos dias 12, 13 e 14 a partir das 9:00 horas será dado prosseguimento ao evento na Universidade Zumbi dos Palmares - situada na Rua Padre Luis Alves de Siqueira, 640 Barra Funda. Delegados, convidados e observadores de todo o Brasil estarão reunidos em conferência, mesas de debates, atividades em grupos e plenárias para decidir os rumos de um projeto político para promoção social de negros e negras na sociedade brasileira. Os temas priorizados para esta primeira Assembléia Nacional serão: Análise da Conjuntura Nacional e Internacional; Territorialidade, Resistência e valores civilizatórios de Matriz Africana e A Luta das Mulheres Negras. Contaremos com homens e mulheres de experiência histórica na luta do movimento negro brasileiro, lideranças, intelectuais e juventude negra discutindo a realidade da população negra junto aos temas. Nos grupos discutiremos a realidade brasileira do ponto de vista da nação, do Estado e da economia para refletir os desafios para a construção de um projeto político da população negra para o Brasil. Há tendência dos posicionamentos políticos enfocarem alguns desafios:
Como diminuir as desigualdades entre negros e brancos?
Como garantir isonomia salarial entre negros e brancos, homens e mulheres, levando em conta que as mulheres negras são as maiores prejudicadas pela desigualdade salarial?
Como implementar políticas de ações afirmativas no trabalho, educação, instancia de poder e na segurança publica, setores que mais discriminam a população negra?
Como viabilizar a aprovação da Lei de Cotas e do Estatuto da Igualdade Racial, visto que a maioria da população brasileira é favorável a essa medida ?
Como promover inserção da juventude negra no mercado de trabalho e acabar com a violência genocída que dizima a juventude negra?
Como implementar direitos constitucionais como a manutenção do decreto lei que regulamenta a titulação de terras para quilombolas urbanos e rurais?
Como manter caráter laico do Estado brasileiro a fim proteger com igualdade toda manifestação da religiosidade no Brasil e, principalmente, salvaguardar a religião de matriz africana contra a intolerância veiculada na grande mídia?
Como fortalecer a democracia brasileira respeitando o protagonismo das organizações que apresentam importantes agendas para o Congresso Nacional, para o Ministério da Educação, para as Universidades, para os Partidos Políticos, Centrais Sindicais através de mobilização popular fortalecer a consciência negra e a luta para acabar com o racismo e todas as formas de discriminação?
Convidamos negras e negros brasileiros e todos os segmentos étnicos a estarem ao nosso lado para construirmos um Brasil democrático e sem racismo.
Fonte: http://www.ciranda.net/spip/article1684.html?var_recherche=a%E7%F5es+afirmativas+outubro+2008
A abertura será no dia 11 de outubro, às 19 horas, durante Sessão Solene na Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, no Plenário “Presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira”.
Nos dias 12, 13 e 14 a partir das 9:00 horas será dado prosseguimento ao evento na Universidade Zumbi dos Palmares - situada na Rua Padre Luis Alves de Siqueira, 640 Barra Funda. Delegados, convidados e observadores de todo o Brasil estarão reunidos em conferência, mesas de debates, atividades em grupos e plenárias para decidir os rumos de um projeto político para promoção social de negros e negras na sociedade brasileira. Os temas priorizados para esta primeira Assembléia Nacional serão: Análise da Conjuntura Nacional e Internacional; Territorialidade, Resistência e valores civilizatórios de Matriz Africana e A Luta das Mulheres Negras. Contaremos com homens e mulheres de experiência histórica na luta do movimento negro brasileiro, lideranças, intelectuais e juventude negra discutindo a realidade da população negra junto aos temas. Nos grupos discutiremos a realidade brasileira do ponto de vista da nação, do Estado e da economia para refletir os desafios para a construção de um projeto político da população negra para o Brasil. Há tendência dos posicionamentos políticos enfocarem alguns desafios:
Como diminuir as desigualdades entre negros e brancos?
Como garantir isonomia salarial entre negros e brancos, homens e mulheres, levando em conta que as mulheres negras são as maiores prejudicadas pela desigualdade salarial?
Como implementar políticas de ações afirmativas no trabalho, educação, instancia de poder e na segurança publica, setores que mais discriminam a população negra?
Como viabilizar a aprovação da Lei de Cotas e do Estatuto da Igualdade Racial, visto que a maioria da população brasileira é favorável a essa medida ?
Como promover inserção da juventude negra no mercado de trabalho e acabar com a violência genocída que dizima a juventude negra?
Como implementar direitos constitucionais como a manutenção do decreto lei que regulamenta a titulação de terras para quilombolas urbanos e rurais?
Como manter caráter laico do Estado brasileiro a fim proteger com igualdade toda manifestação da religiosidade no Brasil e, principalmente, salvaguardar a religião de matriz africana contra a intolerância veiculada na grande mídia?
Como fortalecer a democracia brasileira respeitando o protagonismo das organizações que apresentam importantes agendas para o Congresso Nacional, para o Ministério da Educação, para as Universidades, para os Partidos Políticos, Centrais Sindicais através de mobilização popular fortalecer a consciência negra e a luta para acabar com o racismo e todas as formas de discriminação?
Convidamos negras e negros brasileiros e todos os segmentos étnicos a estarem ao nosso lado para construirmos um Brasil democrático e sem racismo.
Fonte: http://www.ciranda.net/spip/article1684.html?var_recherche=a%E7%F5es+afirmativas+outubro+2008
SEMINÁRIO DISQUE RACISMO
No dia 05 de outubro de 2008 a Constituição Federal do Brasil estará completando 20 anos.
Com a promulgação da atual Carta Magna, a prática do racismo passou a ser CRIME INAFIANÇÁVEL E IMPRESCRITÍVEL, nos termos da Art.5º, inciso XLII, saindo da condição de Contravenção, que no sistema jurídico-penal brasileiro é considerada infração leve, de pequeno potencial ofensivo.
Buscando fazer uma avaliação das relações raciais em nosso país nestes 20 anos, o DISQUE RACISMO está convidando as entidades do Movimento Negro para um SEMINÁRIO com a presença de Militantes de outras áreas da luta em defesa dos Direitos Humanos, ocasião em que teremos diversos depoimentos sobre esta grande conquista, fruto da Luta do Povo Negro, representado por nossas entidades.
Esperamos contar com a presença de Todas e Todos que utilizando os diversos instrumentos políticos e jurídicos de luta, se dedicam a combater o racismo, um mal que acreditamos ainda ter cura.
Data: 17/10
Horário: 08:30
Local: Auditório da OAB- Seção Bahia
Endereço: Praça Teixeira de Freitas,16-Piedade - Salvador - BA
Entrada: R$ Gratuito
Fonte: http://www.correionago.com.br/eventos.php?ilemb=125
Com a promulgação da atual Carta Magna, a prática do racismo passou a ser CRIME INAFIANÇÁVEL E IMPRESCRITÍVEL, nos termos da Art.5º, inciso XLII, saindo da condição de Contravenção, que no sistema jurídico-penal brasileiro é considerada infração leve, de pequeno potencial ofensivo.
Buscando fazer uma avaliação das relações raciais em nosso país nestes 20 anos, o DISQUE RACISMO está convidando as entidades do Movimento Negro para um SEMINÁRIO com a presença de Militantes de outras áreas da luta em defesa dos Direitos Humanos, ocasião em que teremos diversos depoimentos sobre esta grande conquista, fruto da Luta do Povo Negro, representado por nossas entidades.
Esperamos contar com a presença de Todas e Todos que utilizando os diversos instrumentos políticos e jurídicos de luta, se dedicam a combater o racismo, um mal que acreditamos ainda ter cura.
Data: 17/10
Horário: 08:30
Local: Auditório da OAB- Seção Bahia
Endereço: Praça Teixeira de Freitas,16-Piedade - Salvador - BA
Entrada: R$ Gratuito
Fonte: http://www.correionago.com.br/eventos.php?ilemb=125
Aluno de escola pública é o mais beneficiado por cotas em universidades, constata pesquisa
Rio de Janeiro - Os alunos de escolas públicas são os mais beneficiados com a política de cotas adotada pelas universidades públicas do país. Em seguida, estão os indígenas e depois os negros. É o que revela o Monitoramento das Políticas de Ação Afirmativa, divulgado dia 24 de Setembro de 2008, pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio.De acordo com levantamento, cerca de 60% das universidades estaduais e federais do país adotam algum tipo de ação afirmativa. Dessas, quase a metade (42%) são cotas. Entre as universidades que fazem reserva de vagas, a maioria é para alunos de escolas públicas (82%), 59% indígenas e 58%, negros. As modalidades podem ser oferecidas simultaneamente. Segundo uma das coordenadoras da pesquisa, a antropóloga Elielma Machado, apesar de as cotas raciais não serem tão predominantes quanto as outras duas, são alvo muito mais freqüente de críticas na sociedade. Para ela, uma explicação para o fenômeno está no racismo."Esse é um tema que ainda hoje é muito delicado porque muitos acham não existe. Então, quando se fala na necessidade de ter uma cota para negros, é como se fôssemos obrigados a reconhecer o racismo no Brasil e como isso impede a entrada de negros na universidade", avaliou. O levantamento da PUC aponta três tipos de ações afirmativas em dez instituições pesquisadas. Além da reserva de vagas para alunos de escolas públicas, indígenas e negros, há também programas para inserir deficientes físicos, assentados da reforma agrária, quilombolas e alunos provenientes de cidades do interior. Além das cotas, também faz parte da política de ações afirmativas a criação de vagas extras nos cursos, principalmente para alunos indígenas e também a adição de pontos no vestibular.
Fonte: http://www.agenciabrasil.gov.br/noticias/2008/09/24/materia.2008-09-24.6657655895/view
Fonte: http://www.agenciabrasil.gov.br/noticias/2008/09/24/materia.2008-09-24.6657655895/view
O discurso do judiciário sobre as ações afirmativas para a população negra na Bahia
Ilzver de Matos Oliveira
Location: http://biblioteca.universia.net/html_bura/ficha/params/id/37386056.html
Este estudo teve por objetivos analisar os discurso dos magistrados da Justiça Federal do estado da Bahia para identificar as concepções ideológicas seguidas por estes quando levados a pronunciarem-se sobre a implementação de políticas de ação afirmativa para a população negra na Universidade Federal da Bahia. Esta dissertação num universo de 163 sentença analisou um total de 90 sentenças prolatadas pelos juizes federais da Bahia nos anos de 2005 e 2006 sobre o tema investigado. Tais sentenças foram colhidas em 9 das 14 Varas Cíveis da Seção Judiciária Federal do Estado da Bahia. Assim a pesquisa logrou cobrir 55,2% das sentenças emanadas e 57,1% dos juízos se que pronunciaram sobre a temática investigada um índice bastante expressivo para este tipo de investigação. Dos dados coletados foram escolhidos 26 enunciados reprentativos do total de enunciados da amostra coletada. Sobre tal seleção de enunciados foi realizado o tratamento dos dados com base no método da analise do discurso. Desta forma inicialmente a pesquisa contatou que os enunciados estavam divididos em dois grandes grupos o primeiro o grupo predominante nas sentenças analisadas reproduzia o discurso tradicional hegemônico da magistratura este discurso opta pela estratégia de invisibilização da questão racial foge ao seu enfrentamento e desvia o foco para outros aspectos como por exemplo os aspectos processuais e legais envolvidos na problemática sob analise o segundo um grupo menos expressivo revelava o discurso pós-colonial da magistratura um discurso que defende que o enfrentamento do racismo contra a população negra está intimamente relacionado com o reconhecimento da interculturalidade e da divida histórica que o colonialismo deixou para o Brasil. Por fim a pesquisa concluiu que mesmo diante dos dados estatísticos sobre a existência e persistência das desigualdades raciais no Brasil ainda que haja relatório de organismos internacionais sobre a ineficiência do sistema judicial na resolução dos problemas relacionados ao racismo contra a população negra mesmo ante as reflexões sócio-juridicas sobre o magistrado sua cultura tradicional hegemônica e os caminhos para a mudança e apesar das reformas judiciais e das novas experiências desenvolvidas no âmbito do Poder Judiciário o quadro de ineficácia no enfrentamento do racismo persiste e o discurso da magistratura e ainda hegemonicamente tradicional quando levado a pronunciar-se sobre a temática racial.
Fonte: http://biblioteca.universia.net/html_bura/ficha/params/id/37386056.html
Location: http://biblioteca.universia.net/html_bura/ficha/params/id/37386056.html
Este estudo teve por objetivos analisar os discurso dos magistrados da Justiça Federal do estado da Bahia para identificar as concepções ideológicas seguidas por estes quando levados a pronunciarem-se sobre a implementação de políticas de ação afirmativa para a população negra na Universidade Federal da Bahia. Esta dissertação num universo de 163 sentença analisou um total de 90 sentenças prolatadas pelos juizes federais da Bahia nos anos de 2005 e 2006 sobre o tema investigado. Tais sentenças foram colhidas em 9 das 14 Varas Cíveis da Seção Judiciária Federal do Estado da Bahia. Assim a pesquisa logrou cobrir 55,2% das sentenças emanadas e 57,1% dos juízos se que pronunciaram sobre a temática investigada um índice bastante expressivo para este tipo de investigação. Dos dados coletados foram escolhidos 26 enunciados reprentativos do total de enunciados da amostra coletada. Sobre tal seleção de enunciados foi realizado o tratamento dos dados com base no método da analise do discurso. Desta forma inicialmente a pesquisa contatou que os enunciados estavam divididos em dois grandes grupos o primeiro o grupo predominante nas sentenças analisadas reproduzia o discurso tradicional hegemônico da magistratura este discurso opta pela estratégia de invisibilização da questão racial foge ao seu enfrentamento e desvia o foco para outros aspectos como por exemplo os aspectos processuais e legais envolvidos na problemática sob analise o segundo um grupo menos expressivo revelava o discurso pós-colonial da magistratura um discurso que defende que o enfrentamento do racismo contra a população negra está intimamente relacionado com o reconhecimento da interculturalidade e da divida histórica que o colonialismo deixou para o Brasil. Por fim a pesquisa concluiu que mesmo diante dos dados estatísticos sobre a existência e persistência das desigualdades raciais no Brasil ainda que haja relatório de organismos internacionais sobre a ineficiência do sistema judicial na resolução dos problemas relacionados ao racismo contra a população negra mesmo ante as reflexões sócio-juridicas sobre o magistrado sua cultura tradicional hegemônica e os caminhos para a mudança e apesar das reformas judiciais e das novas experiências desenvolvidas no âmbito do Poder Judiciário o quadro de ineficácia no enfrentamento do racismo persiste e o discurso da magistratura e ainda hegemonicamente tradicional quando levado a pronunciar-se sobre a temática racial.
Fonte: http://biblioteca.universia.net/html_bura/ficha/params/id/37386056.html
sexta-feira, 10 de outubro de 2008
BA - Universidade de Feira garante vagas para indígenas e quilombolas
Data: 8/10/2008
Prossegue até 20 de outubro a inscrição para o vestibular 2009.1 da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs). Os interessados devem acessar o site www.uefs.br (seção processo seletivo), onde também está disponível o edital do concurso.
A taxa será de R$ 80, mas, dentro da sua a política social de acesso ao ensino superior, a instituição oferece 2,2 mil isenções para estudantes oriundos da rede pública de ensino.
Este é o quinto vestibular com a adoção do sistema de cotas, que reserva de 50% das vagas para quem cursou o ensino médio e pelo menos dois anos do ensino fundamental (5ª a 8ª série) em escola pública. Destas, 80% são destinadas a candidatos que se declararem negros.
Os candidatos vão disputar 785 vagas, distribuídas em 22 cursos, incluindo Medicina, Farmácia e Engenharia da Computação, geralmente oferecidos somente no vestibular de início de ano. O número de vagas poderá ser ainda maior, pois estão garantidas ainda duas vagas a mais, em cada curso, para indígenas e quilombolas.
<>
Fonte: Jornal da Mídia
Prossegue até 20 de outubro a inscrição para o vestibular 2009.1 da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs). Os interessados devem acessar o site www.uefs.br (seção processo seletivo), onde também está disponível o edital do concurso.
A taxa será de R$ 80, mas, dentro da sua a política social de acesso ao ensino superior, a instituição oferece 2,2 mil isenções para estudantes oriundos da rede pública de ensino.
Este é o quinto vestibular com a adoção do sistema de cotas, que reserva de 50% das vagas para quem cursou o ensino médio e pelo menos dois anos do ensino fundamental (5ª a 8ª série) em escola pública. Destas, 80% são destinadas a candidatos que se declararem negros.
Os candidatos vão disputar 785 vagas, distribuídas em 22 cursos, incluindo Medicina, Farmácia e Engenharia da Computação, geralmente oferecidos somente no vestibular de início de ano. O número de vagas poderá ser ainda maior, pois estão garantidas ainda duas vagas a mais, em cada curso, para indígenas e quilombolas.
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Fonte: Jornal da Mídia
BRECHA NAS COTAS DA UFES FAZ CANDIDATA FURAR AS COTAS
Cotas na Ufes: aluna de escola particular consegue vaga
http://aldeiagriot.blogspot.com/2008/10/brecha-nas-cotas-da-ufes-faz-candidata.html
http://aldeiagriot.blogspot.com/2008/10/brecha-nas-cotas-da-ufes-faz-candidata.html
quinta-feira, 9 de outubro de 2008
Debate sobre o Plano de Promoção da Igualdade Racial e a II Conferência Nacional encerram reunião extraordinária do CNPIR
O Conselho Nacional de Promoção da Igualdade Racial (CNPIR) promoveu nesta quarta-feira (08/10) a segunda parte da reunião extraordinária. O debate se deu sobre os textos base do Plano de Promoção da Igualdade Racial (PLANAPIR) e da II Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial (CONAPIR), além do calendário nacional de atividades para o Dia Nacional da Consciência Negra.
Além dos conselheiros, participaram da reunião a secretária-executiva do CNPIR, Oraida Abreu, e o subsecretário de planejamento e formulação de políticas da SEPPIR, Martvs das Chagas, que trataram dos objetivos da II CONAPIR – marcada para maio de 2009 – e das diretrizes do PLANAPIR. A reunião contou ainda com a presença do ministro da Igualdade Racial, Edson Santos, que abordou os desafios do Conselho no ambiente da Secretaria, e destacou a importância das atividades da comemoração do Dia Nacional da Consciência Negra em todo Brasil.
Além dos conselheiros, participaram da reunião a secretária-executiva do CNPIR, Oraida Abreu, e o subsecretário de planejamento e formulação de políticas da SEPPIR, Martvs das Chagas, que trataram dos objetivos da II CONAPIR – marcada para maio de 2009 – e das diretrizes do PLANAPIR. A reunião contou ainda com a presença do ministro da Igualdade Racial, Edson Santos, que abordou os desafios do Conselho no ambiente da Secretaria, e destacou a importância das atividades da comemoração do Dia Nacional da Consciência Negra em todo Brasil.
Aumenta distância entre brancos e negros no acesso à educação
Segundo a análise da Síntese de Índices Sociais, baseada em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2007, as desigualdades sociais se agravaram entre brancos e negros na última década. O estudo foi divulgado no dia 24 de setembro pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O acesso à educação universitária continua refletindo a desigualdade racial, apesar da política de cotas.A taxa de freqüência das pessoas de cor preta e parda às instituições de ensino superior não alcançou, em 2007, o patamar que os brancos tinham dez anos antes. A diferença a favor dos brancos, em vez de diminuir, aumentou nesse período: em 1997, era 9,6 pontos percentuais aos 21 anos de idade, enquanto em 2007 esta diferença saltou para 15,8 pontos percentuais.Em 1997, um a cada dez brancos (9,6%) tinha nível superior completo. Essa proporção era de um para cada 50 (2,2%) entre os de cor preta e parda. Em 2007, esses percentuais são de 13,4% e 4% respectivamente. “O hiato entre os dois grupos também aumentou, pois era de 7,4 pontos percentuais em 1997 e passou para 9,4 pontos percentuais em 2007”, revelou Petruccelli.O pesquisador do IBGE José Luís Petruccelli recordou que, embora o número de pessoas que se consideram negras ou pardas represente quase metade da população, esse índice não se reflete no acesso aos bens e serviços na sociedade brasileira. Para Petruccelli, os programas sociais e as políticas de cotas para diminuir as desigualdades raciais não têm surtido efeito.
Fonte: Agência Brasil (www.agenciabrasil.gov.br)
Fonte: Agência Brasil (www.agenciabrasil.gov.br)
quarta-feira, 8 de outubro de 2008
Estatuto da Igualdade Racial entra na pauta de reunião extraordinária do CNPIR
O Conselho Nacional de Promoção da Igualdade Racial (CNPIR) promoveu nesta terça-feira (07/10) a primeira etapa de uma reunião extraordinária com uma extensa pauta, mas que teve como tema central o Estatuto da Igualdade Racial.
A mesa foi composta pela secretária-executiva do CNPIR, Oraida Abreu, os assessores parlamentares da SEPPIR, Benedito Cintra e Ernesto Luiz Pereira Filho, e contou ainda com a participação do secretário-adjunto da Secretaria, Eloi Ferreira de Araújo. Seguido de um breve histórico feito pela Assessoria Parlamentar das propostas já discutidas no Congresso Nacional sobre o Estatuto da Igualdade Racial, e do momento político favorável para sua aprovação, o secretário-adjunto destacou a importância do Estatuto na consolidação de direitos.
Os conselheiros decidiram promover uma jornada de discussões sobre o Estatuto em todos os estados brasileiros, a fim de buscar o apoio de entidades da sociedade civil para sua aprovação no Congresso.
A reunião extraordinária do CNPIR continua amanhã, com a discussão, entre os temas, do Plano Nacional de Promoção da Igualdade Racial (Planapir) e da organização da II Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial (II Conapir), marcada para maio de 2009.
A mesa foi composta pela secretária-executiva do CNPIR, Oraida Abreu, os assessores parlamentares da SEPPIR, Benedito Cintra e Ernesto Luiz Pereira Filho, e contou ainda com a participação do secretário-adjunto da Secretaria, Eloi Ferreira de Araújo. Seguido de um breve histórico feito pela Assessoria Parlamentar das propostas já discutidas no Congresso Nacional sobre o Estatuto da Igualdade Racial, e do momento político favorável para sua aprovação, o secretário-adjunto destacou a importância do Estatuto na consolidação de direitos.
Os conselheiros decidiram promover uma jornada de discussões sobre o Estatuto em todos os estados brasileiros, a fim de buscar o apoio de entidades da sociedade civil para sua aprovação no Congresso.
A reunião extraordinária do CNPIR continua amanhã, com a discussão, entre os temas, do Plano Nacional de Promoção da Igualdade Racial (Planapir) e da organização da II Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial (II Conapir), marcada para maio de 2009.
Seminário Disque Racismo
Data: 17/10
Horário: 08:30
Local: Auditório da OAB- Seção BahiaEndereço: Praça Teixeira de Freitas,16-Piedade -Salvador
Entrada: R$ Gratuito
Mais informações sobre o evento: No dia 05 de outubro de 2008 a Constituição Federal do Brasil estará completando 20 anos.Com a promulgação da atual Carta Magna, a prática do racismo passou a ser CRIME INAFIANÇÁVEL E IMPRESCRITÍVEL, nos termos da Art.5º, inciso XLII, saindo da condição de Contravenção, que no sistema jurídico-penal brasileiro é considerada infração leve, de pequeno potencial ofensivo.Buscando fazer uma avaliação das relações raciais em nosso país nestes 20 anos, o DISQUE RACISMO está convidando as entidades do Movimento Negro para um SEMINÁRIO com a presença de Militantes de outras áreas da luta em defesa dos Direitos Humanos, ocasião em que teremos diversos depoimentos sobre esta grande conquista, fruto da Luta do Povo Negro, representado por nossas entidades.Esperamos contar com a presença de Todas e Todos que utilizando os diversos instrumentos políticos e jurídicos de Luta,se dedicam a combater o racismo, um mal que acreditamos ainda ter cura.
Horário: 08:30
Local: Auditório da OAB- Seção BahiaEndereço: Praça Teixeira de Freitas,16-Piedade -Salvador
Entrada: R$ Gratuito
Mais informações sobre o evento: No dia 05 de outubro de 2008 a Constituição Federal do Brasil estará completando 20 anos.Com a promulgação da atual Carta Magna, a prática do racismo passou a ser CRIME INAFIANÇÁVEL E IMPRESCRITÍVEL, nos termos da Art.5º, inciso XLII, saindo da condição de Contravenção, que no sistema jurídico-penal brasileiro é considerada infração leve, de pequeno potencial ofensivo.Buscando fazer uma avaliação das relações raciais em nosso país nestes 20 anos, o DISQUE RACISMO está convidando as entidades do Movimento Negro para um SEMINÁRIO com a presença de Militantes de outras áreas da luta em defesa dos Direitos Humanos, ocasião em que teremos diversos depoimentos sobre esta grande conquista, fruto da Luta do Povo Negro, representado por nossas entidades.Esperamos contar com a presença de Todas e Todos que utilizando os diversos instrumentos políticos e jurídicos de Luta,se dedicam a combater o racismo, um mal que acreditamos ainda ter cura.
terça-feira, 7 de outubro de 2008
sexta-feira, 3 de outubro de 2008
quinta-feira, 2 de outubro de 2008
Pesquisa: Aluno de escola pública é o mais beneficiado
24/09/2008 - 20h28
Os alunos de escolas públicas são os mais beneficiados com a política de cotas adotada pelas universidades públicas do país. Em seguida, estão os indígenas e depois os negros. É o que revela o Monitoramento das Políticas de Ação Afirmativa, divulgado hoje (24), pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio. De acordo com levantamento, cerca de 60% das universidades estaduais e federais do país adotam algum tipo de ação afirmativa. Dessas, quase a metade (42%) são cotas. Entre as universidades que fazem reserva de vagas, a maioria é para alunos de escolas públicas (82%), 59% indígenas e 58%, negros. As modalidades podem ser oferecidas simultaneamente. Segundo uma das coordenadoras da pesquisa, a antropóloga Elielma Machado, apesar de as cotas raciais não serem tão predominantes quanto as outras duas, são alvo muito mais freqüente de críticas na sociedade. Para ela, uma explicação para o fenômeno está no racismo. "Esse é um tema que ainda hoje é muito delicado porque muitos acham não existe. Então, quando se fala na necessidade de ter uma cota para negros, é como se fôssemos obrigados a reconhecer o racismo no Brasil e como isso impede a entrada de negros na universidade", avaliou. O levantamento da PUC aponta sete tipos de ações afirmativas em dez instituições pesquisadas. Além da reserva de vagas para alunos de escolas públicas, indígenas e negros, há também programas para inserir deficientes físicos, assentados da reforma agrária, quilombolas e alunos provenientes de cidades do interior. Além das cotas, também faz parte da política de ações afirmativas a criação de vagas extras nos cursos, principalmente para alunos indígenas e também a adição de pontos no vestibular.
Fonte: Agência Brasil
Os alunos de escolas públicas são os mais beneficiados com a política de cotas adotada pelas universidades públicas do país. Em seguida, estão os indígenas e depois os negros. É o que revela o Monitoramento das Políticas de Ação Afirmativa, divulgado hoje (24), pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio. De acordo com levantamento, cerca de 60% das universidades estaduais e federais do país adotam algum tipo de ação afirmativa. Dessas, quase a metade (42%) são cotas. Entre as universidades que fazem reserva de vagas, a maioria é para alunos de escolas públicas (82%), 59% indígenas e 58%, negros. As modalidades podem ser oferecidas simultaneamente. Segundo uma das coordenadoras da pesquisa, a antropóloga Elielma Machado, apesar de as cotas raciais não serem tão predominantes quanto as outras duas, são alvo muito mais freqüente de críticas na sociedade. Para ela, uma explicação para o fenômeno está no racismo. "Esse é um tema que ainda hoje é muito delicado porque muitos acham não existe. Então, quando se fala na necessidade de ter uma cota para negros, é como se fôssemos obrigados a reconhecer o racismo no Brasil e como isso impede a entrada de negros na universidade", avaliou. O levantamento da PUC aponta sete tipos de ações afirmativas em dez instituições pesquisadas. Além da reserva de vagas para alunos de escolas públicas, indígenas e negros, há também programas para inserir deficientes físicos, assentados da reforma agrária, quilombolas e alunos provenientes de cidades do interior. Além das cotas, também faz parte da política de ações afirmativas a criação de vagas extras nos cursos, principalmente para alunos indígenas e também a adição de pontos no vestibular.
Fonte: Agência Brasil
quarta-feira, 1 de outubro de 2008
A Cor da Cultura
Para valorizar o patrimônio da cultura negra brasileira, a Petrobras, a SEPPIR, o Centro Brasileiro de Identidade e Documentação do Artista Negro (CIDAN), a TV Globo e a Fundação Roberto Marinho, por meio do Canal Futura, desenvolveram em parceria o projeto A cor da cultura.
O projeto é uma das ferramentas para a implantação da Lei Federal 10.639/03, que institui o ensino de História e Cultura da África e das Populações Negras Brasileiras na grade curricular do ensino fundamental e médio das escolas públicas e privadas de todo o país. Para tanto foram criados 56 programas de TV, além de conteúdos impressos sobre a cultura negra brasileira, que foram disseminadas para escolas de vários estados do país. Para isso, os professores estão sendo capacitados para utilizá-lo em sala de aula, sendo acompanhados nessa implementação. Todos os conteúdos estão disponíveis na internet em www.acordacultura.org.br
Resultados
Na primeira fase da iniciativa, entre 2004 e 2006, foram alcançadas com êxito as seguintes metas:
- Implementação em 31 secretarias municipais de educação para o atendimento do ensino fundamental;
- Distribuição de kits para 2 mil instituições participantes;
- Formação de 3 mil educadores nas capacitações;
- 90 mil alunos beneficiados;
- 23 milhões de espectadores através do Canal Futura;
- Outros milhões de espectadores acessaram os conteúdos pela exibição dos programas na TVE, TV Escola, Canal Brasil e TV Salvador.
As demandas da sociedade e a iniciativa dos diferentes parceiros trouxeram resultados para além das metas estabelecidas que resultaram em:
- Distribuição pelo MEC/ TV Escola de 75 mil caixas de DVDs para escolas públicas com programas A Cor da Cultura;
- Distribuição pelo MEC/ SECAD de 1 mil kits A Cor da Cultura para escolas-pólo;
- Capacitação customizada para educadores de Educação Infantil (segmento não-previsto no projeto) nas prefeituras de São Luis, Campinas, Santo André e Porto Alegre;
- Capacitação de 80 educadores do Movimento dos Sem Terra (MST) para atender 2.300 escolas públicas;
- Inclusão de educadores de cursos de extensão e de formação de professores na Universidade de São Paulo (USP), na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e na Universidade Federal de Sergipe (UFS);
- Capacitação específica para a Rede Educafro que gere 80 cursos pré-vestibulares comunitários na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ);
- Distribuição pela TV Globo de 2 mil kits para escolas do projeto Amigos da Escola;
- Capacitação de educadores de todas as 40 escolas da Fundação Bradesco e de 16 escolas SESI e SENAI no Rio de Janeiro.
Fase 2
Desde o encerramento da fase de implementação do projeto, as entidades parceiras de sua realização vêm recebendo demandas de prefeituras, universidades, ONGs, educadores e pesquisadores interessados no material desenvolvido e na sua metodologia de utilização pedagógica. Por isso, agora, no final de 2008, o projeto entra em sua segunda fase com o objetivo de ampliar a articulação de redes educacionais em grande escala, possibilitando o acesso a conteúdos teóricos e práticos para atingir um grande contingente de educadores, articuladores sociais e gestores públicos.
Novos conteúdos relacionados à História da África serão adicionados aos kits, e a articulação institucional será ampliada, especialmente junto ao Ministério da Educação, ao Ministério da Cultura e à Fundação Cultural Palmares. As ações serão expandidas para mais 30 cidades-pólo, com a capacitação básica das equipes técnicas das secretarias escolares. A meta, até 2010, é capacitar mais 3 mil multiplicadores nas redes de ensino, nas ONGs e Pontos de Cultura locais.
Fonte: http://www.presidencia.gov.br/estrutura_presidencia/seppir/acoes/
O projeto é uma das ferramentas para a implantação da Lei Federal 10.639/03, que institui o ensino de História e Cultura da África e das Populações Negras Brasileiras na grade curricular do ensino fundamental e médio das escolas públicas e privadas de todo o país. Para tanto foram criados 56 programas de TV, além de conteúdos impressos sobre a cultura negra brasileira, que foram disseminadas para escolas de vários estados do país. Para isso, os professores estão sendo capacitados para utilizá-lo em sala de aula, sendo acompanhados nessa implementação. Todos os conteúdos estão disponíveis na internet em www.acordacultura.org.br
Resultados
Na primeira fase da iniciativa, entre 2004 e 2006, foram alcançadas com êxito as seguintes metas:
- Implementação em 31 secretarias municipais de educação para o atendimento do ensino fundamental;
- Distribuição de kits para 2 mil instituições participantes;
- Formação de 3 mil educadores nas capacitações;
- 90 mil alunos beneficiados;
- 23 milhões de espectadores através do Canal Futura;
- Outros milhões de espectadores acessaram os conteúdos pela exibição dos programas na TVE, TV Escola, Canal Brasil e TV Salvador.
As demandas da sociedade e a iniciativa dos diferentes parceiros trouxeram resultados para além das metas estabelecidas que resultaram em:
- Distribuição pelo MEC/ TV Escola de 75 mil caixas de DVDs para escolas públicas com programas A Cor da Cultura;
- Distribuição pelo MEC/ SECAD de 1 mil kits A Cor da Cultura para escolas-pólo;
- Capacitação customizada para educadores de Educação Infantil (segmento não-previsto no projeto) nas prefeituras de São Luis, Campinas, Santo André e Porto Alegre;
- Capacitação de 80 educadores do Movimento dos Sem Terra (MST) para atender 2.300 escolas públicas;
- Inclusão de educadores de cursos de extensão e de formação de professores na Universidade de São Paulo (USP), na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e na Universidade Federal de Sergipe (UFS);
- Capacitação específica para a Rede Educafro que gere 80 cursos pré-vestibulares comunitários na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ);
- Distribuição pela TV Globo de 2 mil kits para escolas do projeto Amigos da Escola;
- Capacitação de educadores de todas as 40 escolas da Fundação Bradesco e de 16 escolas SESI e SENAI no Rio de Janeiro.
Fase 2
Desde o encerramento da fase de implementação do projeto, as entidades parceiras de sua realização vêm recebendo demandas de prefeituras, universidades, ONGs, educadores e pesquisadores interessados no material desenvolvido e na sua metodologia de utilização pedagógica. Por isso, agora, no final de 2008, o projeto entra em sua segunda fase com o objetivo de ampliar a articulação de redes educacionais em grande escala, possibilitando o acesso a conteúdos teóricos e práticos para atingir um grande contingente de educadores, articuladores sociais e gestores públicos.
Novos conteúdos relacionados à História da África serão adicionados aos kits, e a articulação institucional será ampliada, especialmente junto ao Ministério da Educação, ao Ministério da Cultura e à Fundação Cultural Palmares. As ações serão expandidas para mais 30 cidades-pólo, com a capacitação básica das equipes técnicas das secretarias escolares. A meta, até 2010, é capacitar mais 3 mil multiplicadores nas redes de ensino, nas ONGs e Pontos de Cultura locais.
Fonte: http://www.presidencia.gov.br/estrutura_presidencia/seppir/acoes/
Seminário propõe o Combate ao Racismo Institucional
Aconteceu no último dia 15, no Centro de Convenções, o Seminário de Combate ao Racismo Institucional com o objetivo de sensibilizar os servidores públicos municipais da cidade do Salvador, para este problema que ainda é comum, dentro das instituições. Este evento foi produzido pela Secretaria Estadual de Promoção da Igualdade (Sepromi), Secretaria Municipal da Reparação (SEMUR), Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (SEDES), a Secretaria Municipal de Economia, Emprego e Renda (SEMPRE), da Secretaria Municipal da Educação e Cultura (SMEC), da Superintendência Especial de Políticas para as Mulheres (SPM), a Secretaria Municipal de Habitação (SEHAB) e da Secretaria Municipal da Administração (SEAD).
A Secretária de Promoção da Igualdade Racial, Luiza Bairros e o Secretário Municipal da Reparação, Sandro Correia proferiram as palestras de abertura, cujos temas abordados foram, respectivamente: Desigualdades Raciais e de Gênero e Políticas Públicas no Brasil e Caminhos Sustentáveis para uma Cidade Inclusiva. Logo em seguida, ocorreram três palestras: Racismo Institucional e Políticas Afirmativas, palestrada pelo Coordenador de Treinamento da Secretaria Municipal da Fazenda - Dr. Silvio Humberto, O Programa de Combate ao Racismo Institucional na Prefeitura Municipal de Salvador, pelo Dr. Elias Sampaio, Diretor-Presidente da Companhia de Processamento de Dados do Estado da Bahia (Prodeb)- Dr. Elias Sampaio e o Combate ao Racismo Institucional na Secretaria Municipal da Saúde, palestra ministrada pela Assessora de Promoção da Equidade em Saúde da Prefeitura Municipal do Salvador, Denise Ribeiro.
Ainda pela manhã, o público de 300 participantes, foi dividido em quatro painéis temáticos que ocorreram simultaneamente: Racismo Institucional e Processos Organizacionais – Descobrindo Caminhos, Educação e Relações Étnicos Raciais, Inclusão e Diversidade Racial no mercado de trabalho e Resgate Histórico dos Movimentos Negros no Brasil.
No turno da tarde, os painéis continuaram. No Salão Oxum, Políticas para as Mulheres no Contexto da Cidade do Salvador foi tema do painel. Dados demonstrados na apresentação enfatizaram a relação do desemprego e gênero, inclusive, através da comparação da taxa de desemprego com sexo masculino. Entretanto, esta situação se agrava quando são indicados o percentual referente às soteropolitanas negras. As mulheres brancas são 22, 2% da população soteropolitana desempregada, enquanto que nesta mesma situação, existem 31,3% de mulheres negras.
Segundo a Superintendente Especial de Políticas para as Mulheres do Município do Salvador - Mônica Kalile, políticas públicas para as mulheres existem. “A SPM (Superintendência Especial de Política para as Mulheres) e a Casa Abrigo são exemplos de ações que consagram o universo feminino”. Entretanto, a coordenadora de Políticas para Mulheres de São Sebastião do Passé, Patrícia Ramos, diz que estas políticas existem, mas é necessário que as mulheres fiscalizem e monitorem estas ações. “Não basta ter espaços, pois é necessário que se faça realizar”.
No salão Ogum, o tema do painel foi Resgate Histórico dos Movimentos de Mulheres no Brasil. A Superintendente de Política para as Mulheres da Sepromi, Valdecir Pedreira do Nascimento, comentou sobre a trajetória do Movimento das Mulheres e enfatizou o percurso das mulheres negras dentro do processo de luta contra o preconceito, discriminação racial. Valdecir ainda acrescentou que grande parte das mulheres negras sofre, em tese, uma tripla discriminação, já que pertencem ao “sexo feminino, são negras e pobres”.
Além destes dois painéis, durante o turno vespertino do Seminário, existiram mais dois debates: Políticas Territoriais Inclusivas (Foco na Habitação) e Assistência Social, Equidade Racial e de Gênero.
Ao final da tarde, aconteceu à assinatura do Termo de Compromisso para a Implementação do Projeto de Combate ao Racismo Institucional na Prefeitura. Este Termo propõe a colaboração para o desenvolvimento de uma sociedade igual. Dentre outros, estiveram presentes na mesa para a assinatura, a Secretária Luiza Bairros e o Secretário Sandro Correia. Bairros conceitua o Termo como um método de trabalho para o combate e prevenção do racismo institucional, e diz que se sentiu privilegiada de participar desta ação. O secretário definiu a ação do Termo de Compromisso como “um espaço definidor e estruturante para as relações no cotidiano” e conclui: “Espero que seja apenas o primeiro passo”.
Fonte:
http://www.sepromi.ba.gov.br/modules/news/article.php?storyid=41
A Secretária de Promoção da Igualdade Racial, Luiza Bairros e o Secretário Municipal da Reparação, Sandro Correia proferiram as palestras de abertura, cujos temas abordados foram, respectivamente: Desigualdades Raciais e de Gênero e Políticas Públicas no Brasil e Caminhos Sustentáveis para uma Cidade Inclusiva. Logo em seguida, ocorreram três palestras: Racismo Institucional e Políticas Afirmativas, palestrada pelo Coordenador de Treinamento da Secretaria Municipal da Fazenda - Dr. Silvio Humberto, O Programa de Combate ao Racismo Institucional na Prefeitura Municipal de Salvador, pelo Dr. Elias Sampaio, Diretor-Presidente da Companhia de Processamento de Dados do Estado da Bahia (Prodeb)- Dr. Elias Sampaio e o Combate ao Racismo Institucional na Secretaria Municipal da Saúde, palestra ministrada pela Assessora de Promoção da Equidade em Saúde da Prefeitura Municipal do Salvador, Denise Ribeiro.
Ainda pela manhã, o público de 300 participantes, foi dividido em quatro painéis temáticos que ocorreram simultaneamente: Racismo Institucional e Processos Organizacionais – Descobrindo Caminhos, Educação e Relações Étnicos Raciais, Inclusão e Diversidade Racial no mercado de trabalho e Resgate Histórico dos Movimentos Negros no Brasil.
No turno da tarde, os painéis continuaram. No Salão Oxum, Políticas para as Mulheres no Contexto da Cidade do Salvador foi tema do painel. Dados demonstrados na apresentação enfatizaram a relação do desemprego e gênero, inclusive, através da comparação da taxa de desemprego com sexo masculino. Entretanto, esta situação se agrava quando são indicados o percentual referente às soteropolitanas negras. As mulheres brancas são 22, 2% da população soteropolitana desempregada, enquanto que nesta mesma situação, existem 31,3% de mulheres negras.
Segundo a Superintendente Especial de Políticas para as Mulheres do Município do Salvador - Mônica Kalile, políticas públicas para as mulheres existem. “A SPM (Superintendência Especial de Política para as Mulheres) e a Casa Abrigo são exemplos de ações que consagram o universo feminino”. Entretanto, a coordenadora de Políticas para Mulheres de São Sebastião do Passé, Patrícia Ramos, diz que estas políticas existem, mas é necessário que as mulheres fiscalizem e monitorem estas ações. “Não basta ter espaços, pois é necessário que se faça realizar”.
No salão Ogum, o tema do painel foi Resgate Histórico dos Movimentos de Mulheres no Brasil. A Superintendente de Política para as Mulheres da Sepromi, Valdecir Pedreira do Nascimento, comentou sobre a trajetória do Movimento das Mulheres e enfatizou o percurso das mulheres negras dentro do processo de luta contra o preconceito, discriminação racial. Valdecir ainda acrescentou que grande parte das mulheres negras sofre, em tese, uma tripla discriminação, já que pertencem ao “sexo feminino, são negras e pobres”.
Além destes dois painéis, durante o turno vespertino do Seminário, existiram mais dois debates: Políticas Territoriais Inclusivas (Foco na Habitação) e Assistência Social, Equidade Racial e de Gênero.
Ao final da tarde, aconteceu à assinatura do Termo de Compromisso para a Implementação do Projeto de Combate ao Racismo Institucional na Prefeitura. Este Termo propõe a colaboração para o desenvolvimento de uma sociedade igual. Dentre outros, estiveram presentes na mesa para a assinatura, a Secretária Luiza Bairros e o Secretário Sandro Correia. Bairros conceitua o Termo como um método de trabalho para o combate e prevenção do racismo institucional, e diz que se sentiu privilegiada de participar desta ação. O secretário definiu a ação do Termo de Compromisso como “um espaço definidor e estruturante para as relações no cotidiano” e conclui: “Espero que seja apenas o primeiro passo”.
Fonte:
http://www.sepromi.ba.gov.br/modules/news/article.php?storyid=41
Brancos são excluídos de formulário de inscrição da UFBA
16.09.2008 - 10h11
Redação CORREIO
A ficha de inscrição para o vestibular 2009 da Universidade Federal da Bahia (UFBA) excluiu a raça branca de seu formulário de inscrição. Aos candidatos que se consideram 'brancos' só restou optar pela categoria 'outras' raças. As únicas opções dispníveis no formulário são: 'preto', 'pardo', 'índio descendente', 'aldeado' - no caso de índios que vivem em aldeias - e 'quilombolas'.
O pró-reitor de Ensino de Graduação da UFBA, Maerbal Marinho, disse ao jornal O Globo que a omissão da raça branca é operacional. Ele afasta a possibilidade de racismo e justifica que a ficha lista apenas as etnias beneficiadas pelo sistema de cotas da universidade, que reserva 45% das vagas para estudantes de escolas públicas, com subcotas para os auto declarados negros e índios.
Na UFBA, os vestibulandos concorrem automaticamente pelo sistema de cotas. Basta apenas assinalar uma das cinco opções beneficiadas pela política de cotas na inscrição via internet.
Segundo O Globo, a ausência da opção para os 'brancos' provocou reações tanto de militantes negros e quanto de candidatos, que temem que a medida seja interpretada como racismo às avessas.
Duas universidades públicas baianas, UFBA e UNEB (Universidade do Estado da Bahia) reservam 45% das vagas para estudantes oriundos da rede pública de ensino. Esse percentual está dividido por etnias.
Fonte: http://www.correiodabahia.com.br/noticias/noticia.asp?codigo=2859&mdl=50
Redação CORREIO
A ficha de inscrição para o vestibular 2009 da Universidade Federal da Bahia (UFBA) excluiu a raça branca de seu formulário de inscrição. Aos candidatos que se consideram 'brancos' só restou optar pela categoria 'outras' raças. As únicas opções dispníveis no formulário são: 'preto', 'pardo', 'índio descendente', 'aldeado' - no caso de índios que vivem em aldeias - e 'quilombolas'.
O pró-reitor de Ensino de Graduação da UFBA, Maerbal Marinho, disse ao jornal O Globo que a omissão da raça branca é operacional. Ele afasta a possibilidade de racismo e justifica que a ficha lista apenas as etnias beneficiadas pelo sistema de cotas da universidade, que reserva 45% das vagas para estudantes de escolas públicas, com subcotas para os auto declarados negros e índios.
Na UFBA, os vestibulandos concorrem automaticamente pelo sistema de cotas. Basta apenas assinalar uma das cinco opções beneficiadas pela política de cotas na inscrição via internet.
Segundo O Globo, a ausência da opção para os 'brancos' provocou reações tanto de militantes negros e quanto de candidatos, que temem que a medida seja interpretada como racismo às avessas.
Duas universidades públicas baianas, UFBA e UNEB (Universidade do Estado da Bahia) reservam 45% das vagas para estudantes oriundos da rede pública de ensino. Esse percentual está dividido por etnias.
Fonte: http://www.correiodabahia.com.br/noticias/noticia.asp?codigo=2859&mdl=50
Cota para negros em universidade pública é bem aceita, indica pesquisa
25/09/2008 - 11:15
Com a Agência Brasil
Em vigor há cinco anos, as cotas para alunos negros nas universidades públicas não acirraram nenhum tipo de relação social no ambiente acadêmico. Nas universidades nas quais existem ações afirmativas, 62% dos alunos aprovam a medida e acham que a universidade esta até mais "cordial" que a própria sociedade.
A avaliação foi apresentada na última quarta-feira (24/09) no Monitoramento das Políticas de Ação Afirmativa, divulgado pela Pontifica Universidade Católica (PUC) Rio. Cerca de 2,5 mil alunos de diversas etnias foram ouvidos em dez universidades públicas do país que adotam algum tipo de ação afirmativa como as cotas.
Segundo o levantamento, a maior parte dos alunos entrevistados avaliou como boa a relação entre os colegas oriundos de ações afirmativas (57,5%), com os outros alunos, em geral, (60,4%), com professores (67%) e funcionários da escola (64,4%).
As opiniões ficaram divididas quando a pergunta era sobre o tratamento dado a negros e brancos na universidade. Cerca de 40% respondeu que às vezes existe tratamento diferenciado e outros 43,6% contaram que nunca ou quase nunca há desigualdade.
A divergência, no entanto, apareceu quando os alunos foram perguntados sobre as formas como negros e brancos são tratados na sociedade. A maior parte (46,7%) disse que sempre ou quase sempre há diferenciação e outros 47,6 % informaram que isso ocorre às vezes.
Para uma das coordenadoras da pesquisa, a antropóloga Elielma Machado, o monitoramento esclarece que os alunos percebem mais racismo fora do que dentro das faculdades.
"Eles tendem a ver mais (racismo) na sociedade que na faculdade. Em outras pesquisas também vimos que os casos mais comuns de racismo acontecem em comércio, shoppings ou mesmo na rua. Realmente, na universidade não aparecem tantas queixas de racismo" afirmou.
Fonte:http://www.presidencia.gov.br/estrutura_presidencia/seppir/noticias/ultimas_noticias/pesquisa_cotas_pucrj/
Com a Agência Brasil
Em vigor há cinco anos, as cotas para alunos negros nas universidades públicas não acirraram nenhum tipo de relação social no ambiente acadêmico. Nas universidades nas quais existem ações afirmativas, 62% dos alunos aprovam a medida e acham que a universidade esta até mais "cordial" que a própria sociedade.
A avaliação foi apresentada na última quarta-feira (24/09) no Monitoramento das Políticas de Ação Afirmativa, divulgado pela Pontifica Universidade Católica (PUC) Rio. Cerca de 2,5 mil alunos de diversas etnias foram ouvidos em dez universidades públicas do país que adotam algum tipo de ação afirmativa como as cotas.
Segundo o levantamento, a maior parte dos alunos entrevistados avaliou como boa a relação entre os colegas oriundos de ações afirmativas (57,5%), com os outros alunos, em geral, (60,4%), com professores (67%) e funcionários da escola (64,4%).
As opiniões ficaram divididas quando a pergunta era sobre o tratamento dado a negros e brancos na universidade. Cerca de 40% respondeu que às vezes existe tratamento diferenciado e outros 43,6% contaram que nunca ou quase nunca há desigualdade.
A divergência, no entanto, apareceu quando os alunos foram perguntados sobre as formas como negros e brancos são tratados na sociedade. A maior parte (46,7%) disse que sempre ou quase sempre há diferenciação e outros 47,6 % informaram que isso ocorre às vezes.
Para uma das coordenadoras da pesquisa, a antropóloga Elielma Machado, o monitoramento esclarece que os alunos percebem mais racismo fora do que dentro das faculdades.
"Eles tendem a ver mais (racismo) na sociedade que na faculdade. Em outras pesquisas também vimos que os casos mais comuns de racismo acontecem em comércio, shoppings ou mesmo na rua. Realmente, na universidade não aparecem tantas queixas de racismo" afirmou.
Fonte:http://www.presidencia.gov.br/estrutura_presidencia/seppir/noticias/ultimas_noticias/pesquisa_cotas_pucrj/
Com 49,7%, pretos e pardos superam brancos
19/9/2008 - Brasil - O Estado de S. Paulo
A parcela da população que se declarou preta ou parda superou o total de autodeclarados brancos no País em 2007, revela o IBGE. Doutor em História e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Manolo Florentino avalia que o resultado está relacionado a recentes políticas públicas, como a criação de cotas para negros em universidades.
"Pode ter outros fatores, mas é óbvio que essas políticas têm levado a um aumento das declarações de negros, sejam elas fictícias ou não." Ele também cita o acesso à terra por declarados remanescentes de quilombos. Para Manolo, a cor, no Brasil, continua sendo questão de posição social. "Não sei se isso é bom ou ruim, pois as identidades têm grande parcela de ficção, estão voltadas para uma demanda de inclusão social", diz. "Antes, sempre ocorreu tendência de embranquecimento. Muitas pessoas estão buscando um meio de ascender socialmente." Mas o professor também aponta como fator o movimento de afirmação da negritude iniciado na década de 70 no Ocidente, e avalia como muito importante o aumento da auto-estima gerado pela valorização da cultura negra.
A população de autodeclarados pretos e pardos chegou a 49,7% em 2007, ante 49,4% de brancos. Em relação a 2006, houve redução de 0,3 ponto porcentual entre os que se declararam brancos. Já os pretos aumentaram sua participação em 0,5 ponto porcentual (de 6,9% para 7,4%), e a dos pardos passou de 42,6% para 42,3%. Somando-se pretos e pardos, houve aumento de 0,2 ponto porcentual.
Fundador da rede de pré-vestibulares Educafro, o frei David Santos comemorou o resultado. Para ele, a discussão sobre cotas mudou a percepção que muitas pessoas negras tinham sobre sua cor. "Antes, ser negro era algo depreciativo, as pessoas tinham vergonha, e grande parte ainda tem", disse. Hoje com 56 anos, ele conta que, no seu caso, a "ficha só caiu" depois de ter sido vítima de racismo. "Só me assumi como negro com 22 anos. Antes, tinha plena consciência de que era branco queimado de praia." Para David, com a criação de cotas, "pela primeira vez os negros passaram a ter benefícios". "Não tenho dúvida de que o Brasil sempre teve população majoritariamente preta e parda, que não se assumia." Ele afirma que o resultado servirá para "exigir mais políticas públicas com cortes étnicos".
A mudança ocorre no momento em que o IBGE estuda a possibilidade de mudar o atual sistema de classificação de cor. Manolo lembra que outras tentativas, na década de 90, não deram certo.
Fonte:http://www.lpp-uerj.net/olped/acoesafirmativas/exibir_noticias.asp?codnoticias=28911
"Pode ter outros fatores, mas é óbvio que essas políticas têm levado a um aumento das declarações de negros, sejam elas fictícias ou não." Ele também cita o acesso à terra por declarados remanescentes de quilombos. Para Manolo, a cor, no Brasil, continua sendo questão de posição social. "Não sei se isso é bom ou ruim, pois as identidades têm grande parcela de ficção, estão voltadas para uma demanda de inclusão social", diz. "Antes, sempre ocorreu tendência de embranquecimento. Muitas pessoas estão buscando um meio de ascender socialmente." Mas o professor também aponta como fator o movimento de afirmação da negritude iniciado na década de 70 no Ocidente, e avalia como muito importante o aumento da auto-estima gerado pela valorização da cultura negra.
A população de autodeclarados pretos e pardos chegou a 49,7% em 2007, ante 49,4% de brancos. Em relação a 2006, houve redução de 0,3 ponto porcentual entre os que se declararam brancos. Já os pretos aumentaram sua participação em 0,5 ponto porcentual (de 6,9% para 7,4%), e a dos pardos passou de 42,6% para 42,3%. Somando-se pretos e pardos, houve aumento de 0,2 ponto porcentual.
Fundador da rede de pré-vestibulares Educafro, o frei David Santos comemorou o resultado. Para ele, a discussão sobre cotas mudou a percepção que muitas pessoas negras tinham sobre sua cor. "Antes, ser negro era algo depreciativo, as pessoas tinham vergonha, e grande parte ainda tem", disse. Hoje com 56 anos, ele conta que, no seu caso, a "ficha só caiu" depois de ter sido vítima de racismo. "Só me assumi como negro com 22 anos. Antes, tinha plena consciência de que era branco queimado de praia." Para David, com a criação de cotas, "pela primeira vez os negros passaram a ter benefícios". "Não tenho dúvida de que o Brasil sempre teve população majoritariamente preta e parda, que não se assumia." Ele afirma que o resultado servirá para "exigir mais políticas públicas com cortes étnicos".
A mudança ocorre no momento em que o IBGE estuda a possibilidade de mudar o atual sistema de classificação de cor. Manolo lembra que outras tentativas, na década de 90, não deram certo.
Fonte:http://www.lpp-uerj.net/olped/acoesafirmativas/exibir_noticias.asp?codnoticias=28911
Ciclo de debates sobre empreendedorismo negro, dia 2 de outubro, na Esplanada dos Ministérios
No âmbito da VIII Semana de Extensão da Universidade de Brasília (UnB), acontece na próxima quinta-feira (2/10) o ciclo de debates EMPREENDEDORISMO AFRO-BRASILEIRO. O evento será realizado das 14h às 18h, no auditório do Bloco A da Esplanada dos Ministérios, onde funciona a SEPPIR. O objetivo é debater as atuais condições para o empreendedorismo de negros no Brasil, além de estratégias para enfrentar os obstáculos, experiências de sucesso e o estímulo à formação de redes de apoio.
A atividade é gratuita e serão aceitas inscrições no próprio local, com certificados de participação emitidos pelo Decanato de Extensão da UnB. Contatos pelos telefones 3307-2612, ramal 30 (Juliana) ou 8136-4210 (Jaques).
Programação:
14h – Empreendedorismo afro-brasileiro: Qual é o diferencial?
Debatedores: João Batista de Almeida Sérgio (CDDN-DF), João Bosco de Oliveira Borba (ANCEABRA), Edson Lopes Cardoso (Irohin) e Mário Nelson Carvalho (ANCEABRA).
15h30 – Cultura afro-brasileira e mercado de trabalho
Debatedores: Maria das Graças Santos (Afro Nzinga), João Bosco de Oliveira Monteiro (Espaço 35), Adriana Lopes dos Santos Prado (UnB) e Flávia Helena Portela de Carvalho (Cara e Cultura Negra).
17h – Mídia negra: Midia de negros?
Debatedores: Michael Laiso Felix (Tribuna Afro-Brasileira), Roberto Rodrigues (COJIRA) e Sionei Ricardo Leão (COJIRA).
Fonte:http://www.presidencia.gov.br/estrutura_presidencia/seppir/noticias/ultimas_noticias/emprend_negr_unb/
A atividade é gratuita e serão aceitas inscrições no próprio local, com certificados de participação emitidos pelo Decanato de Extensão da UnB. Contatos pelos telefones 3307-2612, ramal 30 (Juliana) ou 8136-4210 (Jaques).
Programação:
14h – Empreendedorismo afro-brasileiro: Qual é o diferencial?
Debatedores: João Batista de Almeida Sérgio (CDDN-DF), João Bosco de Oliveira Borba (ANCEABRA), Edson Lopes Cardoso (Irohin) e Mário Nelson Carvalho (ANCEABRA).
15h30 – Cultura afro-brasileira e mercado de trabalho
Debatedores: Maria das Graças Santos (Afro Nzinga), João Bosco de Oliveira Monteiro (Espaço 35), Adriana Lopes dos Santos Prado (UnB) e Flávia Helena Portela de Carvalho (Cara e Cultura Negra).
17h – Mídia negra: Midia de negros?
Debatedores: Michael Laiso Felix (Tribuna Afro-Brasileira), Roberto Rodrigues (COJIRA) e Sionei Ricardo Leão (COJIRA).
Fonte:http://www.presidencia.gov.br/estrutura_presidencia/seppir/noticias/ultimas_noticias/emprend_negr_unb/
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