Projeto de Incentivo à Permanência de Estudantes Cotistas, do Centro de Estudos Afro-Orientais(CEAO/UFBA)

Objetivo Geral
Consolidar o Programa de Ações Afirmativas da UFBA.

Objetivos específicos:
- Ampliar as oportunidades de permanência na universidade para alunos negros, de escola pública e de baixa renda,
estimulando o desenvolvimento de habilidades que serão de fundamental importância durante sua formação acadêmica;
- estimular o conhecimento da história e cultura afro-brasileiras;

As(Os) estudantes freqüentam os mais variados cursos: História, Pedagogia, Farmácia, Engenharia Mecânica, Química, Letras, Administração, Ciências Contábeis, Ciências Biológicas, Ciências Sociais, Secretariado Executivo, Comunicação, Design, etc...

AÇÕES DESENVOLVIDAS

Bolsa-auxílio mensal (R$ 300,00), durante 4(quatro) meses (semestre acadêmico)
Cursos de Inglês, Produção de Textos e de Informática
Oficina Discutindo Inclusão e Cidadania – ciclo de debates com a participação de lideranças de organizações negras e de terapeuta ocupacional (expressão corporal)
Mostra de Cinema da Diáspora – mostra de filmes relacionados à temática étnico-racial.

sábado, 20 de dezembro de 2008

TV Senado exibe Debate "Cotas Étnicas nas universidades"

ASSISTA NESTE DOMINGO, 21.12.2008, NA TV SENADO:

DEBATE SOBRE: "COTAS ÉTNICAS NAS UNIVERSIDADES"
Hora: 13h30min

Programa: Cidadania Debate
RESUMO: O Juiz Federal William Douglas (branco) e o advogado José Roberto Militão (negro)falam sobre as cotas nas Universidades Federais.
O programa se chama "Cidadania" e teremos as seguintes reprises:
Segunda- dia 22 - 19h00
Terça - dia 23 - 03h00
Quarta - dia 24 - 06h00
Quinta - dia 25 - 13h30
Sexta - dia 26 - 19h00

Dê sua opinião:
Alô Senado - 0800 61 2211
Endereço eletrônico: tv@senado.gov.br
Carta: Senado Federal Via N2 - Anexo II - Bloco B - Subsolo Brasília - DF CEP: 70165-920
Fax (61) 3311-4559 Programação - (61) 3311-4647

Presidente eleito traz inteligência de volta à política dos EUA, diz autor de "Império"

RAPHAEL GOMIDE
DA SUCURSAL DO RIO

A eleição do democrata Barack Obama para a Presidência dos Estados Unidos trouxe a "inteligência" de volta ao debate político do país, na opinião de Michael Hardt, professor de literatura da Universidade Duke e co-autor, com Antonio Negri, dos livros "Império" e "Multidão".
De acordo com Hardt, desde os mandatos do republicano Ronald Reagan (1981-1989), passando pelos de George Bush pai (1989-1993) e filho (2001-2008) e do democrata Bill Clinton (1993-2001), os presidentes vinham adotando um discurso populista simples, talvez para tentar se aproximar do eleitor médio. Obama, por sua vez, faz o discurso da inteligência.
"Obama se apresenta simplesmente como inteligente. Clinton, que é muito inteligente, tinha a estratégia de falar de forma simples. Obama tem um discurso público inteligente. Não sei se funciona politicamente. Bush se faz de burro. Começou com Reagan, e o estilo passou a ser esse daí em diante. Um estilo do populismo de direita era falar diretamente às pessoas. Clinton usou a estratégia da direita, e agora há uma mudança evidente", disse Hardt, que veio ao Brasil para o Fórum Livre do Direito Autoral, na UFRJ, no Rio.
Em sua opinião, esse discurso "inteligente" pode ter sido um dos motivos -aliado ao fato de ser negro- de Obama ter conseguido mobilizar ativamente a população e setores de esquerda em seu favor, despertando-lhes novamente o "orgulho" de ser americanos.
Para Hardt, a vitória de Obama teria sido impossível sem os movimentos de direitos civis da década de 1960 e sem a política de cotas nas universidades.
"Quando mais um negro estudaria direito em Harvard?", questionou, referindo-se à tradicional universidade norte-americana. "Obama é um exemplo de como as lutas sociais impulsionam um processo de evolução da sociedade."
A afirmação do professor foi uma resposta à pergunta da Folha sobre se o fato de não ter havido no Brasil um confronto racial aberto poderia ser uma explicação para as dificuldades de ascensão social dos negros.
Hardt acredita que mecanismos semelhantes poderiam ter resultado positivo também no Brasil, onde sente a falta de uma elite econômica e intelectual negra. "Quantos negros havia hoje à mesa e no auditório da universidade?", perguntou.
As cotas são polêmicas e controversas, mas "absolutamente necessárias", em sua visão.
Hardt considera que a eleição de Obama não extingue o problema racial nos EUA. "A eleição é obviamente simbólica, como foi a de Lula para o Brasil, mas um homem negro na Casa Branca não significa que não haja mais racismo."
Para ele, as estruturas hierárquicas de racismo seguem presentes, mas mudam a discussão e a política sobre raça. "Mais coisas parecem possíveis."
Segundo Hardt, a eleição de Obama aponta o caminho no sentido de uma revolução a partir da qual "a cor da pele não teria mais relevância que a cor dos olhos"

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Pesquisa mostra novo perfil do lar brasileiro (parte III)

BRASÍLIA - Mesmo com todos os avanços apontados pela pesquisa Retratos do Brasil, também persiste a desigualdade de raça no mercado de trabalho e na educação. A expectativa de vida da população branca, por exemplo, é maior que a negra. Entre 1993 e 2007, o grupo de homens brancos com 60 anos ou mais de idade passou de 8,2% para 11,1% enquanto o de negros na mesma faixa etária aumentou de 6,5% para 8,0%. Mas a proporção de negros na população aumentou de 45,1% para 49,8% nos últimos 15 anos. O aumento da população que se identifica como preta ou parda ocorre praticamente em todas as faixas etárias, o que mostra mudança nos padrões culturais brasileiros.
– As políticas afirmativas contribuíram para esse avanço social – afirma o coordenador do grupo de estudos afro-brasileiro da Universidade de Brasília (UnB), professor Nelson Inocêncio. – Mas outras ações antecederam essa política como a luta do movimento negro pela identidade positiva, além dos movimentos artísticos e culturais que levaram às pessoas a terem prazer em se assumirem negras.
Cotas raciais
Segundo o professor, o sistema de cotas raciais pelas universidades são um exemplo de política afirmativa que tem contribuído para a mudança cultural porque está mudando a paisagem do campus e a idéia racista de que lugar de negro é na cozinha.
No que se refere à renda financeira da população brasileira, as mulheres negras estão em extrema desvantagem, uma vez que sofrem uma dupla discriminação: de gênero e raça. Em 2007, as mulheres negras ganhavam, em média, R$ 430, enquanto os homens brancos recebiam R$ 1.270.
A maioria dos domicílios que recebem benefícios assistenciais é chefiada por negros. É o caso de Ubirajara Ramos, 50 anos, morador de Seropédica, região metropolitana do Rio de Janeiro. Pedreiro e pai de cinco filhas, Ubirajara completa a renda mensal com o Bolsa Família. A esposa, dona de casa, é quem ajuda a organizar o orçamento e cuidar das filhas, principalmente a de 17 anos que sofre de distúrbios mentais.
–É uma barra segurar tanto sufoco – lamenta Ubirajara.
De acordo com os pesquisadores, os dados raciais da pesquisa não apresentam surpresa, já que os os dados de pobreza quando desagregados por cor e raça mostram que os negros são os mais pobres. Mas as informações dão visibilidade a uma realidade racista que exige respostas imediatas e reforçam a necessidade de adoção de mediadas que visem à valorização e promoção de igualdade racial nas ações públicas. (L.A.)

domingo, 14 de dezembro de 2008

Estudantes cotistas valorizam mais a vaga na universidade, revela estudo

Ana Luiza Zenker
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Os estudantes que entraram na universidade por meio do sistema de cotas para negros tendem a valorizar mais a sua vaga do que aqueles que não são cotistas, especialmente nos cursos considerados de baixo prestígio. Essa é uma das conclusões do estudo Efeitos da Política de Cotas na UnB: uma Análise do Rendimento e da Evasão, coordenado pela pedagoga Claudete Batista Cardoso, pesquisadora da Universidade de Brasília (UnB).

De acordo com a pedagoga, os cotistas negros obtiveram notas melhores do que os demais alunos em 27 cursos da UnB. No curso de música, por exemplo, as notas dos cotistas são 19% superiores às dos demais estudantes. Eles também se destacam em cursos como matemática, em que a diferença é de 15%, artes cênicas (14%), artes plásticas (14%), ciências da computação (13%) e física/licenciatura (12%).

De acordo com Claudete Cardoso, uma das explicações para o melhor desempenho é que os cotistas valorizam mais o fato de passar no vestibular e entrar na universidade, o que para eles pode representar uma possibilidade de mobilidade social.

“Até porque [geralmente] eles não conseguem entrar na universidade, então vêm as cotas, eles têm uma chance maior e tem sido atribuído esse melhor desempenho deles a um maior esforço para preservar a vaga, para chegar ao fim do curso”, disse a pesquisadora, em entrevista à Agência Brasil.

O estudo também mostrou que, em geral, os alunos cotistas têm desempenho melhor nos cursos da área de humanidades, rendimento semelhante ao dos demais na área de saúde e notas inferiores em alguns cursos de exatas, particularmente as engenharias. Isso porque são cursos que requerem uma base melhor do ensino médio, segundo Claudete.

“O aluno já entrou sabendo que uma das dificuldades é a barreira do vestibular, por isso a instituição das cotas. Na universidade ele precisa dessa base, é uma base que ele necessariamente vai ter que ter, então a dificuldade que ele encontra no vestibular se repete na universidade, por isso a diferença entre eles é bem maior e o cotista vai pior do que o não-cotista”, explicou.

Isso justifica as notas menores em cursos como engenharia civil (41% inferior às dos não-cotistas), engenharia mecatrônica (-32%) e engenharia elétrica (-12%).

Por outro lado, o caso do curso de matemática – no qual, apesar de ser da área das ciências exatas, os cotistas têm notas melhores – se justifica por ser um curso pouco prestigiado, não só na universidade, mas também socialmente e em termos de remuneração para o profissional.

De acordo com Claudete, em geral, os alunos acabam desistindo da carreira, já que o curso demanda um esforço relativamente grande, mas nem sempre dá o retorno profissional desejado. Para os cotistas, a visão é diferente. “Eles dão muito valor ao curso, mesmo que seja um curso de baixo prestígio social.”

Fonte: http://www.agenciabrasil.gov.br/noticias/2008/12/14/materia.2008-12-14.7115375794/materia_view

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

CCJ aprova Dia Nacional da Consciência Negra

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprovou ontem o PL 4.437/04, da senadora Serys Slhessarenko (PT-MT), que cria o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra. De acordo com a proposta, a data comemorada atualmente em alguns estados passa a ser festejada nacionalmente. O dia 20 de novembro marca o falecimento do líder negro Zumbi dos Palmares. A redação final do PL deve ser votada ainda neste ano.

A deputada Janete Rocha Pietá (PT-SP), que trabalhou para a apreciação da matéria, classificou a aprovação como uma vitória da população brasileira e dos afrodescendentes. O texto eleva Zumbi dos Palmares à condição de liderança negra do período colonial. "Nossa união resultou no reconhecimento merecido de Zumbi dos Palmares, herói do povo afrobrasileiro, que terá essa vitória contada em todos os livros de história", disse.

Janete Rocha Pietá agradeceu ao deputado Luiz Sérgio (PT-RJ), autor de projeto sobre o tema, e aos deputados José Eduardo Cardozo (PT-SP) e José Genoíno (PT-SP), membros da bancada petista na CCJ. "Quero agradecer ao presidente da CCJ, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que se sensibilizou com nossos argumentos e colocou a matéria em pauta para votação, após longo período de tramitação", disse.

Durante o debate da matéria, o deputado José Genoino destacou as políticas afirmativas implantadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para reduzir a discriminação racial. Ele reconheceu, no entanto, que ainda é preciso avançar no combate à intolerância. "Mais que fazer uma homenagem ao líder Zumbi, a data servirá para lembramos que somos um País plural e que precisamos enfrentar os problemas raciais que ainda existe no País", afirmou.

fonte: Informe PT - Quinta 27/nov/08/Ano XV n 40123
http://www.pt.org.br/portalpt/index.php?option=com_content&task=view&id=72415&Itemid=195

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

‘Aprovação de cotas tem valor simbólico para movimento negro’, diz ativista

A aprovação na Câmara do projeto que reserva metade das vagas nas universidades federais para estudantes egressos da rede pública, nesta quinta-feira (20), foi tida como “um ganho político” por Douglas Belchior, um dos coordenadores da ONG Educafro, rede de cursinhos comunitários para jovens afrodescendentes e carentes. “Não há dúvidas de que essa aprovação tem um valor simbólico muito representativo para o movimento negro. É um ganho para o país, em especial para o povo negro brasileiro”, afirmou o ativista. “O ensino superior é uma ilha de exclusão do Brasil, é um espaço reservado para elites. Precisamos garantir a presença do povo negro.” O projeto de lei ainda tem de ser aprovado pelo Senado para, então, seguir à sanção presidencial. O texto aprovado pelos deputados estabelece ainda subcotas para negros, indígenas e estudantes de baixa renda. A divisão destas cotas será feita de acordo com o percentual de negros, pardos e índios encontrados na população do estado em que está a instituição de ensino. Em um estado, por exemplo, que tenha 20% de negros, pelo menos 20% das vagas reservadas a escolas públicas terão de ser ocupadas por negros. O projeto foi criticado pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), porque pode levar à evasão de estudantes. Segundo o presidente Amaro Henrique Pessoa Lins, reitor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), sem políticas de assistência ao universitário, o projeto fica capenga. Neste ponto, Belchior concorda com os reitores, porém, ressaslta: “O problema é combater a política de cotas. Temos de defender, além das cotas, uma política assistencial ampliada”, diz. De acordo com o integrante da Educafro, a ONG pretende fazer pressão no Senado, para que o projeto seja aprovado. “As cotas são uma medida emergencial, mas não são só elas que vão resolver. É preciso investir no ensino como um todo”, afirma.

Políticas universais devem ser compensadas por ações afirmativas, diz pesquisadora

Paula Laboissière Repórter da Agência Brasil


Brasília - A pesquisadora Luciana Jaccoud, coordenadora da área de Igualdade Racial do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), acredita na importância de políticas universais de combate à pobreza, por exemplo, mas avalia que tais iniciativas não são suficientes para mudar o cenário de desigualdades raciais no Brasil. Para ela, a estratégia deve ser a compensação por meio de ações afirmativas voltadas para negros e pardos.
Uma das coordenadoras da publicação Desigualdades Raciais, Racismo e Políticas Públicas 120 anos após a Abolição, lançada hoje (20), Luciana lembra que alguns indicadores negativos têm apresentado queda, mas a maioria tem se mantido estável e, em alguns casos, o Ipea observou até mesmo o agravamento das desigualdades raciais.
“Por exemplo, no acesso ao ensino médio e ao ensino superior. Apesar do grupo dos jovens brancos e negros ter aumentado o acesso, o número de jovens brancos é bem acima do de negros. A distância entre esses grupos está aumentando, o que é muito negativo para o país em termos da promoção da igualdade, da diversidade e de oportunidade para todos os grupos sociais.”
Entre as iniciativas consideradas “promissoras” – mas ainda pontuais –, ela destaca experiências de ação afirmativa em universidades públicas federais e estaduais. O estudo identificou, segundo ela, um conjunto de mais de 40 universidades que, de forma autônoma, promoveu medidas como cotas e sistema de bonificações para a população negra.“ Há um impacto importante na diversidade e na formação de uma elite brasileira. Esses estudantes têm desempenho igual ao dos estudantes não-cotistas e, em alguns casos, superior”, diz.
Outro destaque apontado pela pesquisadora é o Programa de Combate ao Racismo Institucional, desenvolvido nos dois últimos anos pelo Ministério da Saúde. O que se observa, de acordo com Luciana, é que, apesar da política de saúde ser universal, a continuidade do tratamento não tem sido igual para negros e brancos. Dados mostram uma desigualdade no tratamento e no acolhimento da população negra e parda dentro das instituições do Sistema Único de Saúde (SUS). “O racismo institucional não é um racismo direto, que as pessoas têm como objetivo à exclusão”, explica

MPF DEFENDE POLÍTICA DE COTAS DA UFAL

http://aldeiagriot.blogspot.com/2008/11/mpf-defende-poltica-de-cotas-da-ufal.html

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Câmara garante 50% das vagas de universidades para alunos da escola pública

20/11 - 14:07 - Severino Motta - Último Segundo/Santafé Idéias

BRASÍLIA - A Câmara aprovou nesta quinta-feira um projeto de Lei que destina 50% das vagas das universidades públicas, federais e de escolas técnicas federais para alunos vindos do ensino público. A matéria também divide essas vagas de acordo com a proporção étnica de cada Estado e renda per capita familiar.

"Votar essa matéria no dia da Consciência Negra tem um grande significado, pois trazemos mais justiça social e justiça étnica", disse o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia.

De acordo com o projeto, 50% das vagas das universidades públicas e das federais vão ser destinadas a alunos que cursaram integralmente o ensino médio em escolas públicas. Destas vagas, 25% serão distribuídas de acordo com proporção étnica do Estado, definida pelo IBGE. Ou seja, onde há mais negros, vai haver mais vagas para negros, onde existem mais pardos, haverá mais vagas para pardos e em Estados com mais brancos, vai haver mais vagas para brancos.

Os outros 25% - do total de 50% reservado para oriundos do ensino público – vão levar em conta, além da proporção étnica, a renda per capita familiar. Assim, estas vagas vão ser reservadas para os alunos das escolas públicas que têm renda per capita familiar inferior a um salário mínimo – mantendo-se ainda a proporção étnica.

Os mesmos critérios que valem para as universidades vão valer para as escolas técnicas. A diferença é que as vagas vão ser destinadas para alunos que cursarem integralmente o ensino fundamental em escolas públicas.

Com a aprovação a matéria segue para o Senado, onde precisa ser novamente aprovada antes de ser sancionada pelo presidente Lula.

Bahia é pioneira na inclusão da cultura africana no currículo escolar

http://correio24horas.globo.com/noticias/noticia.asp?codigo=9737&mdl=29

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

II SEMANA DA CONSCIÊNCIA NEGRA NA UFRGS: "A LUTA ANTI-RACISTA E AS AÇÕES AFIRMATIVAS NO BRASIL"

Convite
II Semana da Consciência Negra na UFRGS: "A Luta Anti-racista e as Ações Afirmativas no Brasil"25, 26 e 27 de novembro de 2008
Organiza: Fórum de Ações AfirmativasBlog: http://seconufrgs.blogspot.com/Obs: para receber certificado como atividade de extensão: custo R$ 5,00
às 11:20 Marcadores: ,

domingo, 16 de novembro de 2008

Sessão da Câmara discutirá Estatuto Estadual de Promoção da Igualdade e Combate à Intolerância Religiosa - BA

A COMISSÃO ESPECIAL DA PROMOÇÃO DA IGUALDADE – CEPI, DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DA BAHIA, TEM A HONRA DE CONVIDAR TODA A COMUNIDADE E SUAS REPRESENTAÇÕES POLÍTICAS E RELIGIOSAS, PARA PARTICIPAR DA SESSÃO ORDINÁRIA QUE DISCUTIRÁ A TRAMITAÇÃO DO PROJETO DE LEI 14.692/2005 QUE INSTITUI O ESTATUTO ESTADUAL DA PROMOÇÃO DA IGUALDADE E COMBATE À INTOLERÂNCIA RELIGIOSA. A SESSÃO SERÁ REALIZADA NO DIA18/11 (TERÇA-FEIRA), AS 10h, NA SALA HERCULANO MENEZES, ALA DAS COMISSÕES - NA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DA BAHIA - Centro Administrativo, PARALELA.

A CEPI é Presidida pela Deputada do PT - FÁTIMA NUNES.

FORAM CONVIDADOS PARA A MESA:

O SECRETÁRIO MUNICIPAL DA REPARAÇÃO SANDRO CORREIA; A SECRETÁRIA ESTADUAL DA PROMOÇAO DA IGUALDADE - LUISA BAIRROS; OS PRESIDENTES ESTADUAL E MUNICIPAL DOS CONSELHOS DA COMUNIDADE NEGRA, RESPECTIVAMENTE - WILMA REIS E JOÃO REIS; O PROMOTOR PÚBLICO DE COMBATE AO RACISMO - ALMIRO SENA; A PRESIDENTE DA COMISSÃO DA PROMOÇÃO DA IGUALDADE RACIAL DA OAB – EUNICE MARTINS; O SECRETÁRIO DE COMBATE AO RACISMO DO PT - IVONEY PIRES; O DEPUTADO RELATOR DO PROJETO - NELSON LEAL, DA COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, ONDE O PROJETO É EXAMINADO QUANTO A SUA CONSTITUCIONALIDADE, ANTES DE SER DISCUTIDO NO PLENÁRIO PARA APROVAÇÃO DEFINITIVA, VIRANDO LEI;

NO PLENÁRIO ENTIDADES REPRESENTATIVAS DO MOVIMENTO NEGRO, DE ATUAÇÃO POLÍTICA E RELIGIOSA, TERÃO VEZ E VOZ PARA DEBATER COM A MESA, PRINCIPALMENTE COM O DEPUTADO RELATOR, ALÉM DE TRAZER IMPORTANTES COMTRIBUIÇÕES PARA O CONTEÚDO DO PROJETO-LEI.

NÃO FALTE, ESTE ESPAÇO DE PODER PRECISA SER OCUPADO PELA POPULAÇÃO NA BUSCA DE RESOLVER AS HISTtÓRICAS DEMANDAS QUE NOS AFLIGE A TODOS E TODAS.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

POLÍTICAS PARA NEGROS

http://www.uneb.br/exibe_noticia.jsp?pubid=3324

Novembro Negro : Políticas públicas para etnia e gênero terão R$ 19,3 milhões em 2009

http://www.novembronegro.ba.gov.br/modules/news/article.php?storyid=66

Apenas o primeiro passo

http://www.uff.br/uninclusao/etnica_3.html

SEPPIR e UFRGS discutem plano de cooperação

O ministro da Igualdade Racial, Edson Santos, participou de audiência com o reitor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Carlos Alexandre Netto, nesta quinta-feira (13/11) na capital gaúcha. Em pauta, o termo de cooperação que será firmado no início do próximo ano entre a SEPPIR, a UFRGS, as secretarias municipais de Educação, de Direitos Humanos e Segurança Urbana de Porto Alegre, o Centro Alternativo de Cultura Negra (Cadecune) e a organização de mulheres negras Maria Mulher. Através da parceria serão realizadas ações voltadas para as populações negra, indígena e quilombola do Rio Grande do Sul.
Com a medida serão criados o Centro de Estudos Afro-Latino-Asiático da UFRGS; o programa de inclusão da população negra no sistema educacional; o programa de capacitação de professores para o ensino da disciplina História da África e dos Negros no Brasil (Lei nº 10639/03) nas redes estadual e municipal de ensino; e haverá apoio aos trabalhos de identificação, reconhecimento e implementação de projetos de desenvolvimento econômico e social para as comunidades remanescentes de quilombos no estado.
A UFRGS adotou a política de cotas no vestibular deste ano e, de acordo com o reitor Carlos Alexandre, também pretende investir na capacitação de professores

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Diversidade Padrão

http://www.uff.br/uninclusao/etnica_2.html

UERJ HOJE - Quatro anos do sistema de cotas: mais questões que soluções efetivas

Quatro anos se passaram desde o primeiro período letivo de 2003. Aquele momento entrou para a história da universidade brasileira. Era a primeira vez que uma universidade abria suas portas para alunos participantes do sistema de cotas.Juntamente com a UENF (Universidade do Norte Fluminense), a UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) tornou-se pioneira ao disponibilizar 45% de suas vagas para alunos negros (20%), estudantes de rede pública (20%) e outras minorias, como indígenas e deficientes físicos (5%). Na época, o decreto do governo estadual que determinou o estabelecimento das cotas mexeu com a opinião pública. O caso ganhou grande destaque na imprensa corporativa, dividindo opiniões a respeito de uma questão que, até então, parecia estar silenciada. Muitos se posicionaram alegando que as cotas só acentuariam o racismo. Outros consideraram que a medida colocou em debate a própria presença do preconceito racial imbricado nas instituições públicas e privadas. Hoje, no momento em que se formam alguns dos primeiros alunos cotistas, o debate sobre o tema volta a ganhar fôlego. Parte daqueles estudantes que realizaram, em 2003, o grande sonho de ingressar numa universidade pública, se viram obrigados a desistir de seus objetivos no meio do percurso. Infelizmente, muitos não tiveram condições financeiras para darem continuidade aos estudos, entre outras dificuldades. Tão importante quanto dar acesso aos alunos cotistas, é necessário e obrigatório que a universidade dê condições para que esses alunos se mantenham na universidade de forma digna, assegurando seus direitos e possibilitando o exercício de sua cidadania. Mas, como isso está sendo posto em prática na UERJ? Quais as políticas de inclusão vigentes? Como o aluno cotista vê essa questão? Quais suas dificuldades? Como professores e funcionários lidam na prática com o novo panorama de diversidade do corpo discente da instituição? Mais do que perguntas, essas questões vem se apresentando como difíceis desafios para UERJ nos últimos anos.
Ao passar pelos corredores da UERJ e conversar com diferentes alunos cotistas, uma opinião torna-se comum: o preconceito e a discriminação dentro da universidade tornam ainda mais difícil o cotidiano do aluno cotista na vida acadêmica.- Você se sente como se estivesse ocupando o lugar de alguém por estar aqui. Há nitidamente o estranhamento do negro e outras minorias como partes constitutivas na construção do saber, que se pretende democrático. Sinto que os professores não me consideram como parte integrante da construção do conhecimento - lamenta a estudante Allyne Andrade (21), estudante de Direito. Rodrigo Reduzino (31), estudante do curso de Ciências Sociais, não discorda de Allyne. Para ele, o preconceito que há na universidade é o mesmo que você encontra no resto da sociedade, porém, por não se tocar nesse assunto dentro da universidade, a situação se torna ainda pior. Kaize Augusta Ribeiro de Toledo (24), também estudante de Direito, reitera os argumentos da colega Allyne e constata situações ainda mais alarmantes.- Os professores ignoram nossa realidade passando textos estrangeiros para serem lidos. Na turma, é ainda pior. Não te cumprimentam, não falam com você - conta Kaize, indignada.Além das críticas denunciadas acima, como já foi dito, há um problema ainda maior que acompanha a trajetória dos alunos cotistas em seus anos de graduação. Na opinião dos alunos entrevistados, ainda há muito que se avançar a respeito dos programas de bolsa para auxílio financeiro para estudantes cotistas. É dever da universidade oferecer condições que garantam a permanência do aluno na instituição.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Londrina: Evento debate políticas à população afro-descendente

O Conselho Municipal da Promoção da Igualdade Racial (CMPIR) de Londrina, realizou, no sábado (dias 24 e 25), o I Encontro Sobre Políticas Afirmativas para a População Afro-descendente no Brasil. Conforme o presidente do CMPIR, Idalto José de Almeida, o evento tem início às 14h, desta sexta-feira, com uma solenidade de abertura. “Logo após, será realizada uma mesa redonda que irá discutir a Lei Federal nº 10.639, que visa a implementação da disciplina de história e cultura afro-brasileira na rede de ensino”, explicou.

Idalto de Almeida ressaltou que a discussão para a implantação desta disciplina já está sendo feita em Londrina, e que o resultado das conversas serão mostradas no encontro. “Por isso que uma das participantes da mesa será a secretária municipal de Educação, Carmen Baccaro Sposti”, comentou. Segundo ele, a mesa redonda ocorrerá no auditório da Sercomtel, na rua Fernão Magalhães, nº 383, no bairro Cervejaria, na região leste da cidade.

Além da secretária de Educação, conforme Idalto, participarão da discussão o presidente da Fundação Cultural Palmares, Edvaldo Mendes Araújo, o Zulu Araújo, e o diretor geral da Secretaria Estadual da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SETI) do Paraná, Jairo Queiroz Pacheco. “Serão mostradas, também, experiências feitas para com a implementação da lei em outras partes do país”, completou.

Hoje haverá ainda, de acordo com o presidente do CMPIR, no Axé Brasil Espaço Cultural, na rua Professor Joaquim de Matos Barreto, nº 1.370, a noite cultural “África Brasil”. “O evento recreativo mostrará a produção da cultura afro-brasileira realizada em Londrina. Vários segmentos culturais irão se apresentar, como grupos de capoeira, dança, artes cênicas, música, entre outros”, enfatizou.

Já no sábado, Idalto de Almeida informou que a programação começa às 9h, com o Fórum das Entidades Negras do Paraná. O evento, segundo ele, terá o tema “A universidade para todos os brasileiros – sistema de cotas”. O fórum ocorrerá no Sindicato dos Bancários de Londrina, na avenida Rio de Janeiro, nº 854, no centro da cidade.

A abertura será feita por Zulu de Araújo, da Palmares, e a discussão seguirá com a apresentação de experiências de várias universidades estaduais, que implantaram o sistema de cotas. “Vamos mostrar a implantação ocorrida aqui na UEL [Universidade Estadual de Londrina] e discutir este passo importante dado para a promoção da igualdade racial”, observou o presidente do CMPIR.

O encontro será finalizado, ainda segundo Almeida, com a Feira da Cultura Afro-brasileira, realizada, a partir das 16h, no Ilê Axé Ogum Mêge, na cidade de Cambé. Ele salientou que esta festa será voltada para as crianças, em homenagem à data comemorada no último dia 12.

O I Encontro Sobre Políticas Afirmativas Para População Afro-descendente no Brasil é organizado pelo CMPIR e tem o apoio da Prefeitura de Londrina, por meio da Sercomtel, e da Fundação Cultural Palmares. (NC/PML)

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

VESTIBULAR DA UEG TERÁ 45% DAS VAGS PARA COTAS

O processo seletivo 2009, primeiro semestre, da Universidade Estadual de Goiás (UEG) terá 45% de suas vagas destinadas ao Sistema de Cotas. Do total, 20% serão para alunos oriundos da rede pública de ensino, 20% para afro-descendentes, negros e índios, e 5% para portadores de deficiências físicas. A UEG vai oferecer neste certame 5.005 vagas, distribuídas por 35 cursos em 41 unidades universitárias.As provas de habilidade específica para o curso de Arquitetura e Urbanismo do processo seletivo serão aplicadas no dia 9 de novembro; as da primeira fase, Conhecimentos Gerais, serão realizadas no dia 30 de novembro e as provas da segunda fase, Discursivas Específicas e de Redação serão no dia 11 de janeiro.Serão 4.004 vagas para o processo seletivo e 1.001 para participantes do Sistema de Avaliação Seriado (SAS). Os vestibulandos que se inscreverem no Sistema de Cotas concorrem normalmente com os que estão disputando as vagas pelo processo universal ou pelo SAS, mas se não forem aprovados passam a concorrer somente com aqueles inscritos dentro das cotas, tendo assim mais de uma oportunidade de seleção.A UEG é uma das instituições pioneiras no País a destinar vagas para candidatos cotistas. O Sistema de Cotas da Universidade foi instituído em 2005, no processo seletivo de meio de ano. Na época, foram reservadas 23,3% das vagas para os candidatos inscritos nesta modalidade. Em 2006, esse porcentual aumentou para 35% e, em 2007, para os atuais 45%.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

APÓS COTAS, NÚMERO DE NEGROS NA UNB É CINCO VEZES MAIOR

http://aldeiagriot.blogspot.com/2008/10/aps-cotas-nmero-de-negros-na-unb-cinco.html

ALERJ VOTA NOVA LEI DE COTAS PARA ESTADUAIS

http://aldeiagriot.blogspot.com/2008/10/alerj-vota-nova-lei-de-cotas-para.html

COLORADO, NOS EUA, VOTA PROIBIÇÃO DAS AÇÕES AFIRMATIVAS

04/11: dia de eleições presidenciais e também de referendos nos Estados UnidosWASHINGTON (AFP) — Vários referendos de iniciativa popular vão acontecer em diferentes estados americanos, junto com a eleição presidencial, em 4 de novembro. Segue abaixo uma lista com os principais:- Sobre casamento e direitos dos homossexuais: os eleitores da Califórnia vão se pronunciar sobre uma emenda constitucional que considera que o matrimônio é apenas a união entre um homem e uma mulher. Essa proposta tenta retificar uma decisão judicial que autoriza os matrimônios entre pessoas do mesmo sexo.Referendos similares serão realizados nos estados-chave de Arizona e Flórida.No Arkansas, haverá um referendo para proibir a adoção por parte de casais que não sejam casados.- Sobre a discriminação positiva: será submetida a referendo uma emenda constitucional proposta no Colorado para proibir "a ação afirmativa" em favor das minorias étnicas, ou as mulheres.- Sobre o aborto: um referendo será realizado na Califórnia para tornar obrigatória a informação dos pais e um período de espera, antes que uma filha menor aborte. Um referendo na Dakota do Sul propõe proibir o aborto, salvo no caso em que a gravidez tenha sido provocada por estupro, incesto, ou ameace a saúde da mãe.- Sobre os direitos dos animais: uma emenda constitucional é proposta na Califórnia para impor uma norma mínima para o espaço vital dos animais domésticos, entre eles as porcas prenhas e as galinhas poedeiras. Em Oklahoma, pretende-se submeter a plebiscito a elevação da caça e da pesca a direito constitucional. No Alasca, uma proposta pretende proibir a caça aérea de ursos e lobos.- Sobre energia e meio ambiente: referendo para que sejam destinados 5 bilhões de dólares aos usuários de veículos que poupam energia, ou que consumam combustíveis oriundos de fontes de energia renováveis. Na Geórgia, será submetida a referendo uma emenda constitucional que propõe proteger os bosques.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Mais uma Universidade Federal aprova política de cotas

Aracaju/SE - A Universidade Federal de Sergipe (UFS), aprovou por meio do seu Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Conepe) o Programa de Ações Afirmativas (Paaf), que garante a implementação da política de cotas para negros e indígenas, a partir do Processo Seletivo Seriado de 2010. Com a de Sergipe chega a 53 o número de instituições públicas a adotarem ações afirmativas no país.O Programa garante a reserva de 50% das vagas para estudantes de escolas públicas. Desse total, 70% serão destinadas a estudantes autodeclarados negros, pardos ou indígenas. Também será reservada vaga por curso aos portadores de necessidades especiais.Segundo o reitor da UFS, Josué Modesto dos Passos Subrinho (foto), a aprovação do sistema “é mais um reflexo da política de expansão e inclusão vivida pelas universidades públicas nos últimos anos”. "Acredito que nossas políticas de ações afirmativas – neste caso, as cotas – é um coroamento para tornar a universidade mais inclusiva. Começamos com o aumento do número de vagas e, posteriormente, a ampliação de vagas nos cursos noturnos. Viabilizamos a interiorização da universidade, através do sistema a distância, e padronizamos o horário de ofertas dos cursos diurnos. Agora, aderimos às cotas. Todas essas medidas tornam a universidade mais receptiva", disse Subrinho.
Programa
O Programa de Ações Afirmativas da Universidade sergipana tem duração prevista de dez anos e passará por uma avaliação da Universidade após a formatura das primeiras turmas nos primeiros cinco anos, por uma comissão criada com o objetivo de monitorar o funcionamento, e sugerir ajustes e modificações.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Seminários Abertos sobre Estereótipos, Preconceitos e Exclusão Social

23/10/2008 Riscos e vulnerabilidade das populações
30/10/2008 Exclusão, doença e saúde mental
06/11/2008 Expressão do ódio na Internet
03/11/2008 Diversidades sexuais
20/11/2008 Aparência Física
27/11/2008 Raça, Gênero e Poder Todas as quintas-feiras, das 18 às 20 horas.Faculdade de Educação (Universidade Federal da Bahia ), no Vale do Canela.
Fonte: Fazer valer a Lei 11.645/08

Sistema de Cotas da Uespi será apresentado na Europa

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sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Sem ações afirmativas, Brasil levará 20 anos para zerar desigualdade de renda entre negros e brancos, conclui Ipea

14/10/2008 - 16:22
Estudo divulgado nesta terça-feira (14/10) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), com base em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2007, revela que a diferença de renda entre negros e brancos vem caindo nos últimos anos e, se o ritmo for mantido, deve ser zerada em 2029.
De acordo com o Ipea, a renda per capita dos negros representa menos da metade da renda domiciliar per capita dos brancos. “Trata-se de uma desigualdade particularmente detestável, na medida em que não é atribuível a nenhuma medida de mérito ou esforço, sendo puramente resultado de discriminações passadas ou presentes”, informa o documento.
Essa desigualdade, no entanto, começou a cair a partir de 2001. Até 2007, um quarto da diferença foi retirada. “A pobreza é predominantemente negra e a riqueza é predominantemente branca”, ressalta o estudo. O que, no entendimento da SEPPIR, reforça a necessidade de ações afirmativas e políticas específicas voltadas para a população negra.
Analfabetismo – Os resultados da Pnad, de acordo com o estudo, evidenciam que a redução na taxa de analfabetismo na faixa etária acima de 15 anos caiu 0,4 ponto percentual em relação a 2006, fazendo o índice recuar para 10%. A concentração de analfabetos na população negra (14,1%), no entanto, é mais que o dobro da concentração na população branca (6,1%). O estudo revela ainda que a população negra (6,4 anos) tem em média 2 anos de estudo a menos que a população branca (8,2 anos).
Juventude – A Pnad identificou que o Brasil tem hoje cerca de 50,2 milhões de jovens (26,4% da população), considerada a faixa etária entre 15 e 29 anos. Destes, 14 milhões podem ser considerados pobres, pois vivem em famílias com renda familiar per capta de até meio salário mínimo. Cerca de 4,6 milhões de jovens estão desempregados. “Contudo, ao longo dos anos, as condições de vida juvenil têm melhorado em diversos aspectos: a formalização do trabalho vem se intensificando, o nível de escolaridade aumentando e as diferenças e desigualdades no que se refere à cor/ raça e gênero diminuindo”, afirma o estudo do Ipea.

Assessoria de Comunicação

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Escolaridade de negros e de brancos só se igualará em 17 anos

As desigualdades entre negros e brancos no sistema de ensino diminuíram nos últimos anos. Apesar disso, os negros estão acima da idade adequada aos níveis que freqüentam e, no ritmo atual, a diferença entre os dois segmentos só acabará em 17 anos. O dado foi revelado por um estudo divulgado nesta quarta-feira (15) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). De acordo com a pesquisa, entre 1995 e 2006 a taxa média de crescimento anual do número de anos na escola foi de 1,03 entre os brancos e de 1,06 entre os pretos e pardos. Apesar do pequeno avanço, em 2006, a população branca acima de 15 anos tinha oito anos de estudo, o equivalente à totalidade do ensino fundamental, contra seis anos entre os negros.
O coordenador da pesquisa, Marcelo Paixão, destaca que o avanço da taxa média de anos na escola pode ser explicado pelo aumento “inédito” do contingente de pretos no ensino fundamental, no entanto, destaca que muitas pessoas entraram na escola em idade superior à adequada, ou seja, mais velhas do que o ideal para a turma.
Ainda segundo a pesquisa, houve aumento no número de alunos pretos e pardos nas universidades. No caso das públicas, o pesquisador destaca a influência das ações afirmativas e nas privadas, o destaque é o Programa Universidade para Todos (ProUni) que destina bolsas de estudo a alunos carentes.
O estudo ressalta, no entanto, que entre os jovens brancos com idade de freqüentar o ensino superior, um em cada cinco estava em sala de aula, enquanto cerca de 90% dos pretos e pardos, fora dela.
“O dado mostra o quanto temos que caminhar”, afirma o professor ao defender a expansão do ensino superior para os negros, inclusive, na própria UFRJ, que resiste às cotas. 'As políticas de expansão de vagas têm que dialogar com esses indicadores, senão a gente deixa essas desigualdades persistirem por muito tempo, especialmente aqui na UFRJ”, criticou.
O levantamento coordenado pelo professor Marcelo Paixão foi elaborado com base em indicadores do governo federal. Foram utilizados dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), além de informações do Ministério da Educação e da Saúde.
(Com informações da Agência Brasil)

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

UFS APROVA POLÍTICA DE COTAS PARA VESTIBULAR EM 2010

Terça-feira, 14 de Outubro de 2008
Inserção social
O Conselho do Ensino, da Pesquisa e da Extensão (Conepe) da Universidade Federal de Sergipe (UFS) aprovou em reunião realizada na tarde desta segunda, 13, o Programa de Ações Afirmativas (Paaf) que, entre outras coisas, institui a política de cotas na instituição. A decisão foi aprovada pela maioria dos conselheiros obtendo apenas dois votos contrários.Diante do andamento em que se encontra o vestibular 2009, o programa valerá para o Processo Seletivo Seriado (PSS) 2010. A partir de então, 50% das vagas serão destinadas a estudantes de escolas públicas. Desse percentual, 70% serão dedicados aos que se declararem negros, pardos ou índios. Será garantida, também, uma vaga por curso aos portadores de necessidades especiais.A intenção é acompanhar as mais de 30 universidades que já adotam o sistema. No entanto, as discussões sobre o tema na UFS já existem desde 2003. A partir de 2006 elas se intensificaram e, desde 2007, foi instituída uma comissão para tratar e discutir o assunto.O programa tem duração prevista de dez anos. No entanto, nos primeiro cinco anos, após a formatura das primeiras turmas, será feita uma avaliação. Para isso, será montada uma comissão com o objetivo de monitorar o funcionamento, avaliar os resultados e sugerir ajustes e modificações.

ANALFABETISMO CAI MENOS NA POPULAÇÃO NEGRA

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Desigualdade de renda entre etnias pode durar 20 anos

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segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Acesso à universidade transforma a vida de cotistas

Um movimento em prol da inserção do negro na universidade começou a crescer e se expandir no Brasil recentemente. Em várias partes do país, Instituições de Ensino Superior passaram a adotar o sistema de cotas afim de facilitar o acesso destes estudantes, além de outras iniciativas terem ganho espaço e vida, como, por exemplo, a criação de universidades cuja principal missão é a inserção do negro no terceiro grau e o debate de sua marginalização na sociedade brasileira, com o objetivo de resgatar a identidade destes cidadãos.
Esta mudança de cenário é o que deseja a estudante do curso de Administração da Unipalmares (Universidade Zumbi dos Palmares), em São Paulo, Kátia Botelho, 22 anos. "Realizei o sonho de ser a primeira da família a entrar na universidade. Prestei vestibular várias vezes, mas embora fosse a melhor de minha turma na escola estadual, não conseguia uma vaga nos grandes vestibulares das instituições públicas e via meu sonho sempre adiado. Hoje, é uma vitória estar no Ensino Superior. Conquista que espero poder ver realizada por outros estudantes como eu", afirma ela.
Kátia ingressou na faculdade em 2004, e hoje, colhe os frutos de ter tido acesso ao Ensino Superior e apoio para crescer e se desenvolver. Por meio de um acordo da Unipalmares com empresas privadas, a estudante teve a oportunidade de estagiar numa grande companhia e, hoje, ter sido contratada. "Não poderia estar mais feliz. Quando entrei na universidade ganhava pouco mais do que o valor da mensalidade do curso. Tive dificuldade para me adaptar. Assim como qualquer estudante que veio do ensino público, muitas vezes, pensei que não ia conseguir. Esse resultado é uma grande vitória pessoal", disse Kátia emocionada logo após ter recebido a notícia da efetivação.
Para a estudante, a contratação é só um dos benefícios que o Ensino Superior proporcionou. Para ela, também é preciso destacar o complemento da formação com discussões sobre a inserção social do negro, sua participação no mercado de trabalho e a reconstrução de identidade, temas trabalhados na instituição a fim de resgatar a cidadania destes jovens. "A universidade me ensinou a ter orgulho de minhas raízes e a valorizar a história de um povo que historicamente é marginalizado. Na universidade, ao contrário do que a mídia prega, a gente ouve que o negro não é só o 'pobre coitado' condicionado a ocupar subempregos, mas que temos potencial para muito mais", explica.
Fonte:
http://www.universia.com.br/materia/materia.jsp?materia=14817

Que país queremos

De 11 a 14 de outubro, organizações do movimento negro se reúnem para pensar um projeto político para o povo negro no Brasil. Conheça os temas e programação
A abertura será no dia 11 de outubro, às 19 horas, durante Sessão Solene na Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, no Plenário “Presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira”.
Nos dias 12, 13 e 14 a partir das 9:00 horas será dado prosseguimento ao evento na Universidade Zumbi dos Palmares - situada na Rua Padre Luis Alves de Siqueira, 640 Barra Funda. Delegados, convidados e observadores de todo o Brasil estarão reunidos em conferência, mesas de debates, atividades em grupos e plenárias para decidir os rumos de um projeto político para promoção social de negros e negras na sociedade brasileira. Os temas priorizados para esta primeira Assembléia Nacional serão: Análise da Conjuntura Nacional e Internacional; Territorialidade, Resistência e valores civilizatórios de Matriz Africana e A Luta das Mulheres Negras. Contaremos com homens e mulheres de experiência histórica na luta do movimento negro brasileiro, lideranças, intelectuais e juventude negra discutindo a realidade da população negra junto aos temas. Nos grupos discutiremos a realidade brasileira do ponto de vista da nação, do Estado e da economia para refletir os desafios para a construção de um projeto político da população negra para o Brasil. Há tendência dos posicionamentos políticos enfocarem alguns desafios:
Como diminuir as desigualdades entre negros e brancos?
Como garantir isonomia salarial entre negros e brancos, homens e mulheres, levando em conta que as mulheres negras são as maiores prejudicadas pela desigualdade salarial?
Como implementar políticas de ações afirmativas no trabalho, educação, instancia de poder e na segurança publica, setores que mais discriminam a população negra?
Como viabilizar a aprovação da Lei de Cotas e do Estatuto da Igualdade Racial, visto que a maioria da população brasileira é favorável a essa medida ?
Como promover inserção da juventude negra no mercado de trabalho e acabar com a violência genocída que dizima a juventude negra?
Como implementar direitos constitucionais como a manutenção do decreto lei que regulamenta a titulação de terras para quilombolas urbanos e rurais?
Como manter caráter laico do Estado brasileiro a fim proteger com igualdade toda manifestação da religiosidade no Brasil e, principalmente, salvaguardar a religião de matriz africana contra a intolerância veiculada na grande mídia?
Como fortalecer a democracia brasileira respeitando o protagonismo das organizações que apresentam importantes agendas para o Congresso Nacional, para o Ministério da Educação, para as Universidades, para os Partidos Políticos, Centrais Sindicais através de mobilização popular fortalecer a consciência negra e a luta para acabar com o racismo e todas as formas de discriminação?
Convidamos negras e negros brasileiros e todos os segmentos étnicos a estarem ao nosso lado para construirmos um Brasil democrático e sem racismo.

Fonte: http://www.ciranda.net/spip/article1684.html?var_recherche=a%E7%F5es+afirmativas+outubro+2008

SEMINÁRIO DISQUE RACISMO

No dia 05 de outubro de 2008 a Constituição Federal do Brasil estará completando 20 anos.
Com a promulgação da atual Carta Magna, a prática do racismo passou a ser CRIME INAFIANÇÁVEL E IMPRESCRITÍVEL, nos termos da Art.5º, inciso XLII, saindo da condição de Contravenção, que no sistema jurídico-penal brasileiro é considerada infração leve, de pequeno potencial ofensivo.
Buscando fazer uma avaliação das relações raciais em nosso país nestes 20 anos, o DISQUE RACISMO está convidando as entidades do Movimento Negro para um SEMINÁRIO com a presença de Militantes de outras áreas da luta em defesa dos Direitos Humanos, ocasião em que teremos diversos depoimentos sobre esta grande conquista, fruto da Luta do Povo Negro, representado por nossas entidades.
Esperamos contar com a presença de Todas e Todos que utilizando os diversos instrumentos políticos e jurídicos de luta, se dedicam a combater o racismo, um mal que acreditamos ainda ter cura.
Data: 17/10
Horário: 08:30
Local: Auditório da OAB- Seção Bahia
Endereço: Praça Teixeira de Freitas,16-Piedade - Salvador - BA
Entrada: R$ Gratuito
Fonte:
http://www.correionago.com.br/eventos.php?ilemb=125

Aluno de escola pública é o mais beneficiado por cotas em universidades, constata pesquisa

Rio de Janeiro - Os alunos de escolas públicas são os mais beneficiados com a política de cotas adotada pelas universidades públicas do país. Em seguida, estão os indígenas e depois os negros. É o que revela o Monitoramento das Políticas de Ação Afirmativa, divulgado dia 24 de Setembro de 2008, pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio.De acordo com levantamento, cerca de 60% das universidades estaduais e federais do país adotam algum tipo de ação afirmativa. Dessas, quase a metade (42%) são cotas. Entre as universidades que fazem reserva de vagas, a maioria é para alunos de escolas públicas (82%), 59% indígenas e 58%, negros. As modalidades podem ser oferecidas simultaneamente. Segundo uma das coordenadoras da pesquisa, a antropóloga Elielma Machado, apesar de as cotas raciais não serem tão predominantes quanto as outras duas, são alvo muito mais freqüente de críticas na sociedade. Para ela, uma explicação para o fenômeno está no racismo."Esse é um tema que ainda hoje é muito delicado porque muitos acham não existe. Então, quando se fala na necessidade de ter uma cota para negros, é como se fôssemos obrigados a reconhecer o racismo no Brasil e como isso impede a entrada de negros na universidade", avaliou. O levantamento da PUC aponta três tipos de ações afirmativas em dez instituições pesquisadas. Além da reserva de vagas para alunos de escolas públicas, indígenas e negros, há também programas para inserir deficientes físicos, assentados da reforma agrária, quilombolas e alunos provenientes de cidades do interior. Além das cotas, também faz parte da política de ações afirmativas a criação de vagas extras nos cursos, principalmente para alunos indígenas e também a adição de pontos no vestibular.
Fonte: http://www.agenciabrasil.gov.br/noticias/2008/09/24/materia.2008-09-24.6657655895/view

O discurso do judiciário sobre as ações afirmativas para a população negra na Bahia

Ilzver de Matos Oliveira
Location: http://biblioteca.universia.net/html_bura/ficha/params/id/37386056.html

Este estudo teve por objetivos analisar os discurso dos magistrados da Justiça Federal do estado da Bahia para identificar as concepções ideológicas seguidas por estes quando levados a pronunciarem-se sobre a implementação de políticas de ação afirmativa para a população negra na Universidade Federal da Bahia. Esta dissertação num universo de 163 sentença analisou um total de 90 sentenças prolatadas pelos juizes federais da Bahia nos anos de 2005 e 2006 sobre o tema investigado. Tais sentenças foram colhidas em 9 das 14 Varas Cíveis da Seção Judiciária Federal do Estado da Bahia. Assim a pesquisa logrou cobrir 55,2% das sentenças emanadas e 57,1% dos juízos se que pronunciaram sobre a temática investigada um índice bastante expressivo para este tipo de investigação. Dos dados coletados foram escolhidos 26 enunciados reprentativos do total de enunciados da amostra coletada. Sobre tal seleção de enunciados foi realizado o tratamento dos dados com base no método da analise do discurso. Desta forma inicialmente a pesquisa contatou que os enunciados estavam divididos em dois grandes grupos o primeiro o grupo predominante nas sentenças analisadas reproduzia o discurso tradicional hegemônico da magistratura este discurso opta pela estratégia de invisibilização da questão racial foge ao seu enfrentamento e desvia o foco para outros aspectos como por exemplo os aspectos processuais e legais envolvidos na problemática sob analise o segundo um grupo menos expressivo revelava o discurso pós-colonial da magistratura um discurso que defende que o enfrentamento do racismo contra a população negra está intimamente relacionado com o reconhecimento da interculturalidade e da divida histórica que o colonialismo deixou para o Brasil. Por fim a pesquisa concluiu que mesmo diante dos dados estatísticos sobre a existência e persistência das desigualdades raciais no Brasil ainda que haja relatório de organismos internacionais sobre a ineficiência do sistema judicial na resolução dos problemas relacionados ao racismo contra a população negra mesmo ante as reflexões sócio-juridicas sobre o magistrado sua cultura tradicional hegemônica e os caminhos para a mudança e apesar das reformas judiciais e das novas experiências desenvolvidas no âmbito do Poder Judiciário o quadro de ineficácia no enfrentamento do racismo persiste e o discurso da magistratura e ainda hegemonicamente tradicional quando levado a pronunciar-se sobre a temática racial.

Fonte: http://biblioteca.universia.net/html_bura/ficha/params/id/37386056.html

CRITÉRIOS DO SISTEMA DE COTAS NA UFES PODEM SER REVISTOS

http://aldeiagriot.blogspot.com/2008/10/critrios-do-sistema-de-cotas-na-ufes.html

PROJETO DE COTAS PARA NEGROS EM CONCURSO PÚBLICO NO MS

http://aldeiagriot.blogspot.com/2008/10/projeto-de-cotas-para-negros-em.html

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

BA - Universidade de Feira garante vagas para indígenas e quilombolas

Data: 8/10/2008
Prossegue até 20 de outubro a inscrição para o vestibular 2009.1 da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs). Os interessados devem acessar o site www.uefs.br (seção processo seletivo), onde também está disponível o edital do concurso.
A taxa será de R$ 80, mas, dentro da sua a política social de acesso ao ensino superior, a instituição oferece 2,2 mil isenções para estudantes oriundos da rede pública de ensino.
Este é o quinto vestibular com a adoção do sistema de cotas, que reserva de 50% das vagas para quem cursou o ensino médio e pelo menos dois anos do ensino fundamental (5ª a 8ª série) em escola pública. Destas, 80% são destinadas a candidatos que se declararem negros.
Os candidatos vão disputar 785 vagas, distribuídas em 22 cursos, incluindo Medicina, Farmácia e Engenharia da Computação, geralmente oferecidos somente no vestibular de início de ano. O número de vagas poderá ser ainda maior, pois estão garantidas ainda duas vagas a mais, em cada curso, para indígenas e quilombolas.
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Fonte: Jornal da Mídia

Alunos cotistas da UnB se formam com melhor desempenho

http://www.pretosoulsim.com.br/ConteudoSiteBDet.aspx?sec=3&con=1250

BRECHA NAS COTAS DA UFES FAZ CANDIDATA FURAR AS COTAS

Cotas na Ufes: aluna de escola particular consegue vaga
http://aldeiagriot.blogspot.com/2008/10/brecha-nas-cotas-da-ufes-faz-candidata.html

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Debate sobre o Plano de Promoção da Igualdade Racial e a II Conferência Nacional encerram reunião extraordinária do CNPIR

O Conselho Nacional de Promoção da Igualdade Racial (CNPIR) promoveu nesta quarta-feira (08/10) a segunda parte da reunião extraordinária. O debate se deu sobre os textos base do Plano de Promoção da Igualdade Racial (PLANAPIR) e da II Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial (CONAPIR), além do calendário nacional de atividades para o Dia Nacional da Consciência Negra.
Além dos conselheiros, participaram da reunião a secretária-executiva do CNPIR, Oraida Abreu, e o subsecretário de planejamento e formulação de políticas da SEPPIR, Martvs das Chagas, que trataram dos objetivos da II CONAPIR – marcada para maio de 2009 – e das diretrizes do PLANAPIR. A reunião contou ainda com a presença do ministro da Igualdade Racial, Edson Santos, que abordou os desafios do Conselho no ambiente da Secretaria, e destacou a importância das atividades da comemoração do Dia Nacional da Consciência Negra em todo Brasil.

Aumenta distância entre brancos e negros no acesso à educação

Segundo a análise da Síntese de Índices Sociais, baseada em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2007, as desigualdades sociais se agravaram entre brancos e negros na última década. O estudo foi divulgado no dia 24 de setembro pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O acesso à educação universitária continua refletindo a desigualdade racial, apesar da política de cotas.A taxa de freqüência das pessoas de cor preta e parda às instituições de ensino superior não alcançou, em 2007, o patamar que os brancos tinham dez anos antes. A diferença a favor dos brancos, em vez de diminuir, aumentou nesse período: em 1997, era 9,6 pontos percentuais aos 21 anos de idade, enquanto em 2007 esta diferença saltou para 15,8 pontos percentuais.Em 1997, um a cada dez brancos (9,6%) tinha nível superior completo. Essa proporção era de um para cada 50 (2,2%) entre os de cor preta e parda. Em 2007, esses percentuais são de 13,4% e 4% respectivamente. “O hiato entre os dois grupos também aumentou, pois era de 7,4 pontos percentuais em 1997 e passou para 9,4 pontos percentuais em 2007”, revelou Petruccelli.O pesquisador do IBGE José Luís Petruccelli recordou que, embora o número de pessoas que se consideram negras ou pardas represente quase metade da população, esse índice não se reflete no acesso aos bens e serviços na sociedade brasileira. Para Petruccelli, os programas sociais e as políticas de cotas para diminuir as desigualdades raciais não têm surtido efeito.
Fonte: Agência Brasil (www.agenciabrasil.gov.br)

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Estatuto da Igualdade Racial entra na pauta de reunião extraordinária do CNPIR

O Conselho Nacional de Promoção da Igualdade Racial (CNPIR) promoveu nesta terça-feira (07/10) a primeira etapa de uma reunião extraordinária com uma extensa pauta, mas que teve como tema central o Estatuto da Igualdade Racial.
A mesa foi composta pela secretária-executiva do CNPIR, Oraida Abreu, os assessores parlamentares da SEPPIR, Benedito Cintra e Ernesto Luiz Pereira Filho, e contou ainda com a participação do secretário-adjunto da Secretaria, Eloi Ferreira de Araújo. Seguido de um breve histórico feito pela Assessoria Parlamentar das propostas já discutidas no Congresso Nacional sobre o Estatuto da Igualdade Racial, e do momento político favorável para sua aprovação, o secretário-adjunto destacou a importância do Estatuto na consolidação de direitos.
Os conselheiros decidiram promover uma jornada de discussões sobre o Estatuto em todos os estados brasileiros, a fim de buscar o apoio de entidades da sociedade civil para sua aprovação no Congresso.
A reunião extraordinária do CNPIR continua amanhã, com a discussão, entre os temas, do Plano Nacional de Promoção da Igualdade Racial (Planapir) e da organização da II Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial (II Conapir), marcada para maio de 2009.

Colóquio África e Diáspora: refletindo sobre o lugar da mulher negra na geopolítica e os desafios da luta contra a pobreza e o racismo

http://www.palmares.gov.br/

Seminário Disque Racismo

Data: 17/10
Horário: 08:30
Local: Auditório da OAB- Seção BahiaEndereço: Praça Teixeira de Freitas,16-Piedade -Salvador
Entrada: R$ Gratuito
Mais informações sobre o evento: No dia 05 de outubro de 2008 a Constituição Federal do Brasil estará completando 20 anos.Com a promulgação da atual Carta Magna, a prática do racismo passou a ser CRIME INAFIANÇÁVEL E IMPRESCRITÍVEL, nos termos da Art.5º, inciso XLII, saindo da condição de Contravenção, que no sistema jurídico-penal brasileiro é considerada infração leve, de pequeno potencial ofensivo.Buscando fazer uma avaliação das relações raciais em nosso país nestes 20 anos, o DISQUE RACISMO está convidando as entidades do Movimento Negro para um SEMINÁRIO com a presença de Militantes de outras áreas da luta em defesa dos Direitos Humanos, ocasião em que teremos diversos depoimentos sobre esta grande conquista, fruto da Luta do Povo Negro, representado por nossas entidades.Esperamos contar com a presença de Todas e Todos que utilizando os diversos instrumentos políticos e jurídicos de Luta,se dedicam a combater o racismo, um mal que acreditamos ainda ter cura.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Brasil ganhará mais uma universidade voltada à inclusão de afrodescendentes

http://www.afrobras.org.br/index.php?option=com_content&task=view&id=3683&Itemid=2

Quase 70% das crianças que estão fora da escola são negras

http://www.afrobras.org.br/index.php?option=com_content&task=view&id=3758&Itemid=2

Pesquisa: Aluno de escola pública é o mais beneficiado

24/09/2008 - 20h28
Os alunos de escolas públicas são os mais beneficiados com a política de cotas adotada pelas universidades públicas do país. Em seguida, estão os indígenas e depois os negros. É o que revela o Monitoramento das Políticas de Ação Afirmativa, divulgado hoje (24), pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio. De acordo com levantamento, cerca de 60% das universidades estaduais e federais do país adotam algum tipo de ação afirmativa. Dessas, quase a metade (42%) são cotas. Entre as universidades que fazem reserva de vagas, a maioria é para alunos de escolas públicas (82%), 59% indígenas e 58%, negros. As modalidades podem ser oferecidas simultaneamente. Segundo uma das coordenadoras da pesquisa, a antropóloga Elielma Machado, apesar de as cotas raciais não serem tão predominantes quanto as outras duas, são alvo muito mais freqüente de críticas na sociedade. Para ela, uma explicação para o fenômeno está no racismo. "Esse é um tema que ainda hoje é muito delicado porque muitos acham não existe. Então, quando se fala na necessidade de ter uma cota para negros, é como se fôssemos obrigados a reconhecer o racismo no Brasil e como isso impede a entrada de negros na universidade", avaliou. O levantamento da PUC aponta sete tipos de ações afirmativas em dez instituições pesquisadas. Além da reserva de vagas para alunos de escolas públicas, indígenas e negros, há também programas para inserir deficientes físicos, assentados da reforma agrária, quilombolas e alunos provenientes de cidades do interior. Além das cotas, também faz parte da política de ações afirmativas a criação de vagas extras nos cursos, principalmente para alunos indígenas e também a adição de pontos no vestibular.
Fonte: Agência Brasil

III Seminário Local: "Políticas de Ações Afirmativas na UFMT"

http://conexoesmt.blogspot.com/2008/09/iii-seminrio-local-polticas-de-aes_30.html

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

A Cor da Cultura

Para valorizar o patrimônio da cultura negra brasileira, a Petrobras, a SEPPIR, o Centro Brasileiro de Identidade e Documentação do Artista Negro (CIDAN), a TV Globo e a Fundação Roberto Marinho, por meio do Canal Futura, desenvolveram em parceria o projeto A cor da cultura.
O projeto é uma das ferramentas para a implantação da Lei Federal 10.639/03, que institui o ensino de História e Cultura da África e das Populações Negras Brasileiras na grade curricular do ensino fundamental e médio das escolas públicas e privadas de todo o país. Para tanto foram criados 56 programas de TV, além de conteúdos impressos sobre a cultura negra brasileira, que foram disseminadas para escolas de vários estados do país. Para isso, os professores estão sendo capacitados para utilizá-lo em sala de aula, sendo acompanhados nessa implementação. Todos os conteúdos estão disponíveis na internet em www.acordacultura.org.br
Resultados
Na primeira fase da iniciativa, entre 2004 e 2006, foram alcançadas com êxito as seguintes metas:
- Implementação em 31 secretarias municipais de educação para o atendimento do ensino fundamental;
- Distribuição de kits para 2 mil instituições participantes;
- Formação de 3 mil educadores nas capacitações;
- 90 mil alunos beneficiados;
- 23 milhões de espectadores através do Canal Futura;
- Outros milhões de espectadores acessaram os conteúdos pela exibição dos programas na TVE, TV Escola, Canal Brasil e TV Salvador.
As demandas da sociedade e a iniciativa dos diferentes parceiros trouxeram resultados para além das metas estabelecidas que resultaram em:
- Distribuição pelo MEC/ TV Escola de 75 mil caixas de DVDs para escolas públicas com programas A Cor da Cultura;
- Distribuição pelo MEC/ SECAD de 1 mil kits A Cor da Cultura para escolas-pólo;
- Capacitação customizada para educadores de Educação Infantil (segmento não-previsto no projeto) nas prefeituras de São Luis, Campinas, Santo André e Porto Alegre;
- Capacitação de 80 educadores do Movimento dos Sem Terra (MST) para atender 2.300 escolas públicas;
- Inclusão de educadores de cursos de extensão e de formação de professores na Universidade de São Paulo (USP), na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e na Universidade Federal de Sergipe (UFS);
- Capacitação específica para a Rede Educafro que gere 80 cursos pré-vestibulares comunitários na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ);
- Distribuição pela TV Globo de 2 mil kits para escolas do projeto Amigos da Escola;
- Capacitação de educadores de todas as 40 escolas da Fundação Bradesco e de 16 escolas SESI e SENAI no Rio de Janeiro.
Fase 2
Desde o encerramento da fase de implementação do projeto, as entidades parceiras de sua realização vêm recebendo demandas de prefeituras, universidades, ONGs, educadores e pesquisadores interessados no material desenvolvido e na sua metodologia de utilização pedagógica. Por isso, agora, no final de 2008, o projeto entra em sua segunda fase com o objetivo de ampliar a articulação de redes educacionais em grande escala, possibilitando o acesso a conteúdos teóricos e práticos para atingir um grande contingente de educadores, articuladores sociais e gestores públicos.
Novos conteúdos relacionados à História da África serão adicionados aos kits, e a articulação institucional será ampliada, especialmente junto ao Ministério da Educação, ao Ministério da Cultura e à Fundação Cultural Palmares. As ações serão expandidas para mais 30 cidades-pólo, com a capacitação básica das equipes técnicas das secretarias escolares. A meta, até 2010, é capacitar mais 3 mil multiplicadores nas redes de ensino, nas ONGs e Pontos de Cultura locais.
Fonte:
http://www.presidencia.gov.br/estrutura_presidencia/seppir/acoes/

Seminário propõe o Combate ao Racismo Institucional

Aconteceu no último dia 15, no Centro de Convenções, o Seminário de Combate ao Racismo Institucional com o objetivo de sensibilizar os servidores públicos municipais da cidade do Salvador, para este problema que ainda é comum, dentro das instituições. Este evento foi produzido pela Secretaria Estadual de Promoção da Igualdade (Sepromi), Secretaria Municipal da Reparação (SEMUR), Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (SEDES), a Secretaria Municipal de Economia, Emprego e Renda (SEMPRE), da Secretaria Municipal da Educação e Cultura (SMEC), da Superintendência Especial de Políticas para as Mulheres (SPM), a Secretaria Municipal de Habitação (SEHAB) e da Secretaria Municipal da Administração (SEAD).
A Secretária de Promoção da Igualdade Racial, Luiza Bairros e o Secretário Municipal da Reparação, Sandro Correia proferiram as palestras de abertura, cujos temas abordados foram, respectivamente: Desigualdades Raciais e de Gênero e Políticas Públicas no Brasil e Caminhos Sustentáveis para uma Cidade Inclusiva. Logo em seguida, ocorreram três palestras: Racismo Institucional e Políticas Afirmativas, palestrada pelo Coordenador de Treinamento da Secretaria Municipal da Fazenda - Dr. Silvio Humberto, O Programa de Combate ao Racismo Institucional na Prefeitura Municipal de Salvador, pelo Dr. Elias Sampaio, Diretor-Presidente da Companhia de Processamento de Dados do Estado da Bahia (Prodeb)- Dr. Elias Sampaio e o Combate ao Racismo Institucional na Secretaria Municipal da Saúde, palestra ministrada pela Assessora de Promoção da Equidade em Saúde da Prefeitura Municipal do Salvador, Denise Ribeiro.
Ainda pela manhã, o público de 300 participantes, foi dividido em quatro painéis temáticos que ocorreram simultaneamente: Racismo Institucional e Processos Organizacionais – Descobrindo Caminhos, Educação e Relações Étnicos Raciais, Inclusão e Diversidade Racial no mercado de trabalho e Resgate Histórico dos Movimentos Negros no Brasil.
No turno da tarde, os painéis continuaram. No Salão Oxum, Políticas para as Mulheres no Contexto da Cidade do Salvador foi tema do painel. Dados demonstrados na apresentação enfatizaram a relação do desemprego e gênero, inclusive, através da comparação da taxa de desemprego com sexo masculino. Entretanto, esta situação se agrava quando são indicados o percentual referente às soteropolitanas negras. As mulheres brancas são 22, 2% da população soteropolitana desempregada, enquanto que nesta mesma situação, existem 31,3% de mulheres negras.
Segundo a Superintendente Especial de Políticas para as Mulheres do Município do Salvador - Mônica Kalile, políticas públicas para as mulheres existem. “A SPM (Superintendência Especial de Política para as Mulheres) e a Casa Abrigo são exemplos de ações que consagram o universo feminino”. Entretanto, a coordenadora de Políticas para Mulheres de São Sebastião do Passé, Patrícia Ramos, diz que estas políticas existem, mas é necessário que as mulheres fiscalizem e monitorem estas ações. “Não basta ter espaços, pois é necessário que se faça realizar”.
No salão Ogum, o tema do painel foi Resgate Histórico dos Movimentos de Mulheres no Brasil. A Superintendente de Política para as Mulheres da Sepromi, Valdecir Pedreira do Nascimento, comentou sobre a trajetória do Movimento das Mulheres e enfatizou o percurso das mulheres negras dentro do processo de luta contra o preconceito, discriminação racial. Valdecir ainda acrescentou que grande parte das mulheres negras sofre, em tese, uma tripla discriminação, já que pertencem ao “sexo feminino, são negras e pobres”.
Além destes dois painéis, durante o turno vespertino do Seminário, existiram mais dois debates: Políticas Territoriais Inclusivas (Foco na Habitação) e Assistência Social, Equidade Racial e de Gênero.
Ao final da tarde, aconteceu à assinatura do Termo de Compromisso para a Implementação do Projeto de Combate ao Racismo Institucional na Prefeitura. Este Termo propõe a colaboração para o desenvolvimento de uma sociedade igual. Dentre outros, estiveram presentes na mesa para a assinatura, a Secretária Luiza Bairros e o Secretário Sandro Correia. Bairros conceitua o Termo como um método de trabalho para o combate e prevenção do racismo institucional, e diz que se sentiu privilegiada de participar desta ação. O secretário definiu a ação do Termo de Compromisso como “um espaço definidor e estruturante para as relações no cotidiano” e conclui: “Espero que seja apenas o primeiro passo”.
Fonte:
http://www.sepromi.ba.gov.br/modules/news/article.php?storyid=41

Brancos são excluídos de formulário de inscrição da UFBA

16.09.2008 - 10h11
Redação CORREIO
A ficha de inscrição para o vestibular 2009 da Universidade Federal da Bahia (UFBA) excluiu a raça branca de seu formulário de inscrição. Aos candidatos que se consideram 'brancos' só restou optar pela categoria 'outras' raças. As únicas opções dispníveis no formulário são: 'preto', 'pardo', 'índio descendente', 'aldeado' - no caso de índios que vivem em aldeias - e 'quilombolas'.
O pró-reitor de Ensino de Graduação da UFBA, Maerbal Marinho, disse ao jornal O Globo que a omissão da raça branca é operacional. Ele afasta a possibilidade de racismo e justifica que a ficha lista apenas as etnias beneficiadas pelo sistema de cotas da universidade, que reserva 45% das vagas para estudantes de escolas públicas, com subcotas para os auto declarados negros e índios.
Na UFBA, os vestibulandos concorrem automaticamente pelo sistema de cotas. Basta apenas assinalar uma das cinco opções beneficiadas pela política de cotas na inscrição via internet.
Segundo O Globo, a ausência da opção para os 'brancos' provocou reações tanto de militantes negros e quanto de candidatos, que temem que a medida seja interpretada como racismo às avessas.
Duas universidades públicas baianas, UFBA e UNEB (Universidade do Estado da Bahia) reservam 45% das vagas para estudantes oriundos da rede pública de ensino. Esse percentual está dividido por etnias.
Fonte:
http://www.correiodabahia.com.br/noticias/noticia.asp?codigo=2859&mdl=50

Cota para negros em universidade pública é bem aceita, indica pesquisa

25/09/2008 - 11:15
Com a Agência Brasil
Em vigor há cinco anos, as cotas para alunos negros nas universidades públicas não acirraram nenhum tipo de relação social no ambiente acadêmico. Nas universidades nas quais existem ações afirmativas, 62% dos alunos aprovam a medida e acham que a universidade esta até mais "cordial" que a própria sociedade.
A avaliação foi apresentada na última quarta-feira (24/09) no Monitoramento das Políticas de Ação Afirmativa, divulgado pela Pontifica Universidade Católica (PUC) Rio. Cerca de 2,5 mil alunos de diversas etnias foram ouvidos em dez universidades públicas do país que adotam algum tipo de ação afirmativa como as cotas.
Segundo o levantamento, a maior parte dos alunos entrevistados avaliou como boa a relação entre os colegas oriundos de ações afirmativas (57,5%), com os outros alunos, em geral, (60,4%), com professores (67%) e funcionários da escola (64,4%).

As opiniões ficaram divididas quando a pergunta era sobre o tratamento dado a negros e brancos na universidade. Cerca de 40% respondeu que às vezes existe tratamento diferenciado e outros 43,6% contaram que nunca ou quase nunca há desigualdade.
A divergência, no entanto, apareceu quando os alunos foram perguntados sobre as formas como negros e brancos são tratados na sociedade. A maior parte (46,7%) disse que sempre ou quase sempre há diferenciação e outros 47,6 % informaram que isso ocorre às vezes.
Para uma das coordenadoras da pesquisa, a antropóloga Elielma Machado, o monitoramento esclarece que os alunos percebem mais racismo fora do que dentro das faculdades.
"Eles tendem a ver mais (racismo) na sociedade que na faculdade. Em outras pesquisas também vimos que os casos mais comuns de racismo acontecem em comércio, shoppings ou mesmo na rua. Realmente, na universidade não aparecem tantas queixas de racismo" afirmou.
Fonte:
http://www.presidencia.gov.br/estrutura_presidencia/seppir/noticias/ultimas_noticias/pesquisa_cotas_pucrj/

Com 49,7%, pretos e pardos superam brancos

19/9/2008 - Brasil - O Estado de S. Paulo
A parcela da população que se declarou preta ou parda superou o total de autodeclarados brancos no País em 2007, revela o IBGE. Doutor em História e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Manolo Florentino avalia que o resultado está relacionado a recentes políticas públicas, como a criação de cotas para negros em universidades.
"Pode ter outros fatores, mas é óbvio que essas políticas têm levado a um aumento das declarações de negros, sejam elas fictícias ou não." Ele também cita o acesso à terra por declarados remanescentes de quilombos. Para Manolo, a cor, no Brasil, continua sendo questão de posição social. "Não sei se isso é bom ou ruim, pois as identidades têm grande parcela de ficção, estão voltadas para uma demanda de inclusão social", diz. "Antes, sempre ocorreu tendência de embranquecimento. Muitas pessoas estão buscando um meio de ascender socialmente." Mas o professor também aponta como fator o movimento de afirmação da negritude iniciado na década de 70 no Ocidente, e avalia como muito importante o aumento da auto-estima gerado pela valorização da cultura negra.

A população de autodeclarados pretos e pardos chegou a 49,7% em 2007, ante 49,4% de brancos. Em relação a 2006, houve redução de 0,3 ponto porcentual entre os que se declararam brancos. Já os pretos aumentaram sua participação em 0,5 ponto porcentual (de 6,9% para 7,4%), e a dos pardos passou de 42,6% para 42,3%. Somando-se pretos e pardos, houve aumento de 0,2 ponto porcentual.
Fundador da rede de pré-vestibulares Educafro, o frei David Santos comemorou o resultado. Para ele, a discussão sobre cotas mudou a percepção que muitas pessoas negras tinham sobre sua cor. "Antes, ser negro era algo depreciativo, as pessoas tinham vergonha, e grande parte ainda tem", disse. Hoje com 56 anos, ele conta que, no seu caso, a "ficha só caiu" depois de ter sido vítima de racismo. "Só me assumi como negro com 22 anos. Antes, tinha plena consciência de que era branco queimado de praia." Para David, com a criação de cotas, "pela primeira vez os negros passaram a ter benefícios". "Não tenho dúvida de que o Brasil sempre teve população majoritariamente preta e parda, que não se assumia." Ele afirma que o resultado servirá para "exigir mais políticas públicas com cortes étnicos".
A mudança ocorre no momento em que o IBGE estuda a possibilidade de mudar o atual sistema de classificação de cor. Manolo lembra que outras tentativas, na década de 90, não deram certo.
Fonte:
http://www.lpp-uerj.net/olped/acoesafirmativas/exibir_noticias.asp?codnoticias=28911

Ciclo de debates sobre empreendedorismo negro, dia 2 de outubro, na Esplanada dos Ministérios

No âmbito da VIII Semana de Extensão da Universidade de Brasília (UnB), acontece na próxima quinta-feira (2/10) o ciclo de debates EMPREENDEDORISMO AFRO-BRASILEIRO. O evento será realizado das 14h às 18h, no auditório do Bloco A da Esplanada dos Ministérios, onde funciona a SEPPIR. O objetivo é debater as atuais condições para o empreendedorismo de negros no Brasil, além de estratégias para enfrentar os obstáculos, experiências de sucesso e o estímulo à formação de redes de apoio.
A atividade é gratuita e serão aceitas inscrições no próprio local, com certificados de participação emitidos pelo Decanato de Extensão da UnB. Contatos pelos telefones 3307-2612, ramal 30 (Juliana) ou 8136-4210 (Jaques).
Programação:
14h – Empreendedorismo afro-brasileiro: Qual é o diferencial?
Debatedores: João Batista de Almeida Sérgio (CDDN-DF), João Bosco de Oliveira Borba (ANCEABRA), Edson Lopes Cardoso (Irohin) e Mário Nelson Carvalho (ANCEABRA).
15h30 – Cultura afro-brasileira e mercado de trabalho
Debatedores: Maria das Graças Santos (Afro Nzinga), João Bosco de Oliveira Monteiro (Espaço 35), Adriana Lopes dos Santos Prado (UnB) e Flávia Helena Portela de Carvalho (Cara e Cultura Negra).
17h – Mídia negra: Midia de negros?
Debatedores: Michael Laiso Felix (Tribuna Afro-Brasileira), Roberto Rodrigues (COJIRA) e Sionei Ricardo Leão (COJIRA).
Fonte:
http://www.presidencia.gov.br/estrutura_presidencia/seppir/noticias/ultimas_noticias/emprend_negr_unb/

Salvador cria selo racial para empresas.

http://www.pautasocial.com.br/pauta.asp?idPauta=22186

Ações afirmativas se multiplicam pelo país.

http://www.secom.unb.br/unbnoticias/un0908-p13.htm

Do embate à aceitação

http://www.secom.unb.br/unbnoticias/un0908-p12.htm

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Sucesso acima da cor

Cotistas da UNB tiveram rendimento similar aos estudantes que ingressaram pelo sistema universal e índice de evasão inferior.
http://www.secom.unb.br/unbnoticias/un0908-p09.htm

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Advogados negros discutem ações afirmativas

A Associação Nacional dos Advogados Afrodescendentes promove em Salvador nesta quinta-feira (7) o seminário Ações Afirmativas e as Questões Étnicas Frente ao Estado Brasileiro. O evento pretende discutir como transformar as políticas de ações afirmativas como as cotas universitárias e aplicação do ensino da cultura e história africanas poderão se tornar costumes cotidianos na sociedade. O evento acontecerá das 8h às 18h no hotel Hotel Sol Vitória Marina, no Corredor da Vitória. A organização do evento promete a presença de diversas personalidades do mundo jurídico nacional no evento. Mais informações sobre o seminário podem ser conferidas no site http://www.anaad.org.br/ FONTE: A Tarde On Line

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Estado quer estender para estágios a lei de cotas

http://www.lpp-uerj.net/olped/acoesafirmativas/exibir_noticias.asp?codnoticias=28922

Cotas para negros em universidade pública é bem aceita, indica pesquisa

http://www.presidencia.gov.br/estrutura_presidencia/seppir/noticias/ultimas_noticias/pesquisa_cotas_pucrj/

Governo estuda cotas também nos cefets.

http://www.presidencia.gov.br/estrutura_presidencia/seppir/noticias/ultimas_noticias/cotas_cefets/

Universidade de Santa Cruz oferece bolsa de permanência para estudantes.

Até dia 1º de outubro, a Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) recebe inscrições para a seleção de estudantes para Bolsa de Permanência, benefício para alunos em situação social frágil. A inscrição será apenas pela internet e as informações podem ser obtidas no Edital nº124/2008 que está disponível no site: www.uesc.br . A entrega dos documentos deverá ser feita no protocolo geral no térreo do Pavilhão Pedro Calmon. São 655 bolsas no valor de R$ 215.
Os candidatos precisam estar matriculados em um dos cursos de graduação oferecidos pela Uesc e ter renda familiar per capita mensal de até um salário mínimo. Terão prioridade também os descendentes de índios reconhecidos pela Funai, remanescentes de quilombos, reconhecidos pela Fundação Palmares, e os portadores de necessidades especiais (auditiva, visual ou motora).

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Palestra na Feira do Livro provoca debate sobre cotas

(02/09/2008 - 10:43)
Convidado a proferir palestra na programação da Feira do Livro, no debate "120 anos de uma abolição inacabada", o presidente da Fundação Cultural Palmares, Zulu Araújo, fez um discurso contundente de combate ao racismo no Brasil. O evento foi patrocinado pela Fundação Astrogildo Pereira. O moderador, professor Antonio Barbosa, do Departamento de História da UnB, admirado com a exposição de Zulu, complementou o seu pensamento para afirmar que o Brasil, de matriz européia, católica, desde a abolição, não negara mais a existência de índios e negros, mas silenciara em relação a eles.
No debate, ficou claro que os temas que mais mobilizam o país em relação à questão racial são as cotas para afro-descendentes nas universidades públicas brasileiras e o Estatuto da Igualdade Racial. Ao que Zulu Araújo soube bem dar a resposta. Para ele, as cotas colocaram a questão racial na agenda política do país e trouxeram uma discussão sobre o caráter da sociedade brasileira. Segundo ele, as cotas causaram irritação porque fizeram que muitas racistas "saíssem do armário", mexeram com o privilégio de alguns. Mas, para ele, a melhor resposta está nas pesquisas, e aponta a Datafolha, que apurou que 67,2% dos brasileiros são favoráveis às cotas.

Fonte:
http://www.palmares.gov.br/

Centro Federal de Educação Tecnológica da Bahia (CEFET)

Competência: Federal
Campus/Campi: Salvador – BA
Modelo: Adota 50% de cotas para alunos a rede publica e afrodescendentes e dentro deste percentual 60% é destinado para os auto declarados negros, 5% indiodescendentes e 35% para alunos da rede pública. (resolução nº. 10/06 do conselho diretor)

CDH, do Senado, aprova cota para negros em empresas

A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado (CDH) aprovou, no dia 27 de agosto, o projeto de lei do senador Paulo Paim (PT-RS) que estabelece cotas para negros nas empresas públicas e privadas. O texto reserva 20% dos cargos em comissão do grupo de Direção e Assessoramento Superiores (DAS) da administração pública, "que será ampliada gradativamente até que a ocupação desses cargos por afro-brasileiros seja equivalente à proporção dessas pessoas na população brasileira". Quanto às empresas privadas, as que tiverem mais de 200 empregados, deverão reservar 46% delas para negros. O projeto estabelece ainda que os empregadores não poderão pedir fotografia ou declaração de raça ou cor dos candidatos a emprego. A tramitação do projeto está apenas começando. Terá ainda de ser examinado pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado, antes de ser encaminhada à Câmara dos Deputados.No seu parecer, Paim afirma que a discriminação por motivo de raça, cor, ascendência ou origem racial ou étnica ainda persiste no mercado de trabalho brasileiro. Ele diz que a sua intenção é a de promover a inclusão nos setores público e privado. Para o senador, seria ingênuo, em boa fé, ou cínicos, em má-fé, se não reconhecesse o preconceito na sociedade brasileira. Daí porque entende que contra "essas regras não escritas, a Constituição de 1988 oferece remédios das ações afirmativas".

Fonte:
http://br.noticias.yahoo.com/s/27082008/25/manchetes-cdh-senado-aprova-cota-negros-empresas.html

Projeto Mentes e Portas Abertas

POMPA é um projeto piloto do Instituto Cultural Steve Biko que visa promover a entrada de jovens negros universitários em carreiras no setor público e no terceiro setor para que eles possam ser lideranças mais efetivas, atuando em defesa de direitos das suas comunidades. Pretendemos elevar a auto-estima e o autoconhecimento desses jovens como estratégia de empoderamento e posterior capacitação para os primeiros passos da sua jornada profissional. O POMPA também visa democratizar o acesso às instituições públicas de Salvador aumentando a participação cidadã e atingindo excelência na qualidade e criatividade da gestão social em Salvador.
O POMPA é um projeto elaborado pelos diretores, alunos e ex-alunos do Instituto Cultural Steve Biko junto com Lorelei Williams, bolsista afro-americana recente de programa Fulbright trabalhando em Salvador.
Contato: (71) 3241-8708

e-mail: biko@stevebiko.org.br

Instituto Cultural Steve Biko celebra 16 anos de ações afirmativas

Há 16 anos o Instituto Cultural Steve Biko vem atuando com ações afirmativas, a fim de promover a ascensão social da população negra. E é neste dia 31 de Julho, quando a Biko atinge a idade de um(a) jovem, reafirma o seu vigor, com a meta atual de tornar-se uma faculdade comprometida com as demandas da comunidade negra baiana.
É com esta garra e irreverência de juventude que a Biko pôde neste dia, além de celebrar os seus 16 anos, comemorar junto com um de seus "filhos bikudos", George Oliveira, a Defesa da Monografia de Conclusão do Curso - Ciências Econômicas da Universidade Federal da Bahia.
Apresentada na sede do Instituto, a monografia, cujo tema era "Análise dos Impactos Sócio-Econômicos e Culturais das Ações do Instituto Steve Biko no Vestibular da UFBA", contou com a participação de cerca de 50 pessoas, além da banca de professores, formada por: MSc. Miguel Vergara (UESC), MSc. Antônio Pádua (UFBA) e o seu orientador Prof. Dr. Henrique Tomé (UFBA).
Assim como um trecho do poema "Quilombos", do poeta José Carlos Limeira, "Se Palmares não existe mais, faremos Palmares de novo", a Biko tem promovido a inserção de mais de 800 jovens negras e negros no ensino superior e se tornado referência na área educacional, nestes 16 anos de trajetória.