Projeto de Incentivo à Permanência de Estudantes Cotistas, do Centro de Estudos Afro-Orientais(CEAO/UFBA)

Objetivo Geral
Consolidar o Programa de Ações Afirmativas da UFBA.

Objetivos específicos:
- Ampliar as oportunidades de permanência na universidade para alunos negros, de escola pública e de baixa renda,
estimulando o desenvolvimento de habilidades que serão de fundamental importância durante sua formação acadêmica;
- estimular o conhecimento da história e cultura afro-brasileiras;

As(Os) estudantes freqüentam os mais variados cursos: História, Pedagogia, Farmácia, Engenharia Mecânica, Química, Letras, Administração, Ciências Contábeis, Ciências Biológicas, Ciências Sociais, Secretariado Executivo, Comunicação, Design, etc...

AÇÕES DESENVOLVIDAS

Bolsa-auxílio mensal (R$ 300,00), durante 4(quatro) meses (semestre acadêmico)
Cursos de Inglês, Produção de Textos e de Informática
Oficina Discutindo Inclusão e Cidadania – ciclo de debates com a participação de lideranças de organizações negras e de terapeuta ocupacional (expressão corporal)
Mostra de Cinema da Diáspora – mostra de filmes relacionados à temática étnico-racial.

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Carta de Salvador - BA

A Sociedade Civil Organizada, reunida em Salvador/BA nos dias 14, 15 e 16 de abril de 2009, na 2a. Conferência Municipal de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, partindo da assertiva de que a Constituição Federal (incisos I, III e IV), tem como objetivos fundamentais a construção de uma sociedade livre, justa e solidária, assim como erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais e promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação e considerando que:

I - O último senso realizado pelo IBGE, Salvador é a capital mais negra do mundo fora da África, com cerca de 83,7% de habitantes afrodescendentes;

II – O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA traz, através de pesquisa, a informação de que, desde o ano de 2008, a população negra representa maioria da população brasileira e que, na Bahia, essa representação chega a 77% do Estado;

III – O Projeto de Lei da Câmara (PLC) n.º 180, de 2008, aprovado na Câmara Federal e hoje em tramitação no Senado Federal, que dispõe sobre a reserva de vagas para o acesso de estudantes negros, pardos e índios nas universidades federais e estaduais e nas instituições federais de ensino técnico de nível médio representa um importante resgate da dívida social, contemplando a igualdade social e a diversidade étnica;

IV – A política de cotas, como ação afirmativa, vem suprir as dezenas de omissões e descasos históricos do poder público na área da educação em nosso País;

V – A ausência de efetividade de políticas públicas, que impeçam o racismo e promovam a integração dos afrodescendentes, geraram reflexos negativos na superação das desigualdades sociais no Brasil, constituindo a PLC n.º 180/2008 o meio mais legítimo e democrático de consolidação de valores como a ética, justiça social e solidariedade;

Resolvem:

a) Apoiar, de forma irrestrita, o Projeto de Lei da Câmara n.º 180/2008;

b) Encaminhar a presente Carta de Salvador aos Senhores Congressistas, em especial aos Senhores Senadores da República, componentes da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), na pessoa do Sr. Presidente, Senador Demóstenes Torres, reiterando a sensibilização em relação ao tema e solicitando a aprovação da Projeto de Lei da Câmara n.º 180/2008, com a rejeição do Projeto de Lei do Senado (PLS) n.º 344/2008.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Brasil defende ações afirmativas contra racismo na ONU

O Brasil conseguiu incluir a defesa de ações afirmativas no projeto do acordo da conferência contra o racismo da Organização das Nações Unidas (ONU). A inclusão do tema está sendo considerada uma vitória diplomática pelo Itamaraty. Mas organizações não-governamentais (ONGs) se queixam do comportamento do Brasil, alegando que o País foi "silenciado" em questões sobre o racismo.

Na segunda-feira, a ONU realiza a conferência contra discriminação racial em Genebra, na Suíça. Será uma revisão do encontro realizado em 2001 em Durban, na África do Sul, para tratar do tema. Os negociadores apresentaram ontem o que esperam que seja a última versão do texto. Hoje, em Genebra, diplomatas se reunirão para tentar aprovar a declaração e evitar que a conferência acabe se tornando um enfrentamento.

O Itamaraty apresentou a sugestão de que a ONU recomende que ações afirmativas sejam adotadas pelos governos. A Europa deixou claro, nos bastidores, que não aceitava a discussão, já que questões como o estabelecimento de cotas são vistas em Bruxelas como uma "discriminação às avessas". Ontem, o rascunho do acordo acabou trazendo a referência às ações afirmativas, ainda que com uma redação mais branda. O Itamaraty afirmou estar "satisfeito" com o resultado.

Segundo o texto, governos são incentivados a adotar "medidas, estratégias ou ações afirmativas e positivas para permitir que vítimas de racismo, discriminação racial, xenofobia e intolerância garantam seus direitos civis, culturais, econômicos, políticos e sociais". Os europeus insistiram para que as ações afirmativas fossem apenas mais uma entre as várias estratégias. O Brasil aceitou.

Porém, as ONGs não ficaram satisfeitas. "O Brasil em 2001 era líder de um processo e encarava qualquer batalha. Hoje, estamos a reboque dos demais', atacou Jurema Werneck, da entidade Criola. Para ela, "os governos estão tentando aprovar uma nova declaração para parecer que estão fazendo algo". "Em Durban, o Brasil era vocal e defendia seus interesses. Hoje, está recuado", afirmou Guacira Oliveira, do Centro Feminista de Estudo e Assessoria.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Estudantes selecionados para a turma 2008.2

1. Aline Santos Ferreira
2. Antônia Ramos Teixeira Neta
3. Cecília de Santana Mota
4. Cristiane Costa Santana
5. Danielle Oliveira Santos
6. Edson Carlos Ferreira Carneiro
7. Emilly Sales Sala Gomes
8. Enusque Fernando Souza Oliveira
9. Gabriela Moraes Leal
10. Hamilton da Conceição Santos
11. Ivana Regina Santos Pacheco
12. Jérsica Assis Logado
13. Joance de S. Coelho
14. Josiele Sales dos Santos
15. Leilane Oliveira das Neves
16. Lisbela Lessa Cohen Braga
17. Marcela Silva de Jesus
18. Marisa Aguiar de Santana
19. Milena Vaz Sampaio Santos
20. Moema da Silva Chastinet
21. Naiara Nascimento do Carmo
22. Nandalle Vieira da Silva
23. Narla Denise R. Fernandes
24. Paula Cristina de Souza Silva
25. Priscila Santos Melo
26. Quelinoádia Lima dos Santos
27. Raquel Santos de Oliveira
28. Renê Santos Salomão
29. Ricardo Gomes de Souza e Silva
30. Vagner Silva dos Anjos
31. Vivian Carine Fernandes Sena
32. Viviane de Souza Bispo
33. Wilma Silva Bastos

CEAO/UFBA seleciona, para cadastro de reserva, Professor(a) de Inglês - BA

O Centro de Estudos Afro-Orientais (CEAO/UFBA) seleciona, para cadastro de reserva:

PROFESSOR(A) DE INGLÊS, para o Projeto de Incentivo à Permanência de Estudantes Cotistas, que visa complementar os estudos de estudantes ingressos na UFBA através do sistema de cotas para estudantes oriundos da rede pública de ensino

PERFIL:
· Experiência docente de 1(um) ano na área
· Formação em nível superior na área
· Domínio da Língua Portuguesa
· Disponibilidade para trabalho aos sábados

FORMAÇÃO ACADÊMICA: Graduação em Língua Estrangeira - Inglês

ATRIBUIÇÕES:
· Planejar os conteúdos e atividades do curso sob sua responsabilidade – Inglês Básico (80 horas);
· Ministrar aulas;
· Avaliar e emitir relatório de desempenho dos estudantes;
· Participar das reuniões de coordenação.

LOCAL DE TRABALHO: Centro de Estudos Afro-Orientais ou outra unidade de ensino da UFBA
DURAÇÃO DO CONTRATO: 3(três) meses
PAGAMENTO: R$ 30,00 (trinta reais) a hora-aula
SELEÇÃO: análise do currículo, da proposta de curso e entrevista (somente serão convidados para a entrevista os(as) candidatos(as) que preencherem os pré-requisitos exigidos).
Os(As) interessados(as) deverão comparecer ao CEAO, portando o Curriculum Vitae com comprovação de escolaridade e das experiências profissionais, até o dia 24/04/2009 (sexta-feira), das 9 às 17 horas. Procurar Profª Zelinda ou Lucylanne.

CEAO/UFBA seleciona, para cadastro de reserva, Professor(a) de Português - BA

O Centro de Estudos Afro-Orientais (CEAO/UFBA) seleciona, para cadastro de reserva:

PROFESSOR(A) DE PRODUÇÃO DE TEXTOS, para o Projeto de Incentivo à Permanência de Estudantes Cotistas, que visa complementar os estudos de estudantes ingressos na UFBA através do sistema de cotas para estudantes oriundos da rede pública de ensino.

PERFIL:
· Experiência docente de 1(um) ano na área
· Formação em nível superior na área
· Domínio da Língua Portuguesa
· Disponibilidade para trabalho aos sábados

FORMAÇÃO ACADÊMICA: Graduação em Letras Vernáculas

ATRIBUIÇÕES:
· Planejar os conteúdos e atividades do curso sob sua responsabilidade – Produção de Textos (80 horas);
· Ministrar aulas;
· Avaliar e emitir relatório de desempenho dos estudantes;
· Participar das reuniões de coordenação.

LOCAL DE TRABALHO: Centro de Estudos Afro-Orientais ou outra unidade de ensino da UFBA
DURAÇÃO DO CONTRATO: 3(três) meses
PAGAMENTO: R$ 30,00 (trinta reais) a hora-aula
SELEÇÃO: análise do currículo, da proposta de curso e entrevista (somente serão convidados para a entrevista os(as) candidatos(as) que preencherem os pré-requisitos exigidos).
Os(As) interessados(as) deverão comparecer ao CEAO, portando o Curriculum Vitae com comprovação de escolaridade e das experiências profissionais, até o dia 24/04/2009 (sexta-feira), das 9 às 17 horas. Procurar Profª Zelinda ou Lucylanne.

CEAO/UFBA seleciona, para cadastro de reserva, Professor(a) de Informática - BA

O Centro de Estudos Afro-Orientais (CEAO/UFBA) seleciona, para cadastro de reserva:

PROFESSOR(A) DE INFORMÁTICA, para o Projeto de Incentivo à Permanência de Estudantes Cotistas, que visa complementar os estudos de estudantes ingressos na UFBA através do sistema de cotas para estudantes oriundos da rede pública de ensino.

PERFIL:
· Experiência docente de 1(um) ano na área
· Formação em nível técnico ou superior na área
· Domínio da Língua Portuguesa
· Disponibilidade para trabalho aos sábados

FORMAÇÃO ACADÊMICA: Graduação em Ciências da Computação ou área afim

ATRIBUIÇÕES:
· Planejar os conteúdos e atividades do curso sob sua responsabilidade – Informática Básica (60 horas);
· Ministrar aulas;
· Avaliar e emitir relatório de desempenho dos estudantes;
· Participar das reuniões de coordenação.

LOCAL DE TRABALHO: Centro de Estudos Afro-Orientais ou outra unidade de ensino da UFBA
DURAÇÃO DO CONTRATO: 3(três) meses
PAGAMENTO: R$ 30,00 (trinta reais) a hora-aula
SELEÇÃO: análise do currículo, da proposta de curso e entrevista (somente serão convidados para a entrevista os(as) candidatos(as) que preencherem os pré-requisitos exigidos).
Os(As) interessados(as) deverão comparecer ao CEAO, portando o plano de curso (com conteúdos e atividades), Curriculum Vitae com comprovação de escolaridade e das experiências profissionais até o dia 24/04/2009 (sexta-feira), das 9 às 17 horas. Procurar Profª Zelinda ou Lucylanne.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Reitores: cotas ferem autonomia universitária

Qui, 02 de Abril de 2009 07:25

Demétrio Weber - O GLOBO

Presidente da Andifes diz que Constituição dá liberdade às instituições para que estabeleçam suas próprias regras

BRASÍLIA. A entidade que reúne os reitores das universidades federais anunciou ontem que é contra o projeto de lei de cotas em discussão no Senado.

Enquanto senadores divergem sobre a reserva de vagas para estudantes negros, a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) considera que a proposta fere a autonomia universitária.

O presidente da Andifes, reitor Amaro Lins, participou da terceira e última audiência pública na Comissão de Constituição e Justiça. Sem entrar no mérito sobre a adoção de ações afirmativas com base em critérios raciais ou socioeconômicos, ele argumentou que a Constituição dá liberdade às instituições para que estabeleçam suas próprias regras.

O reitor afirmou que mais de 30 universidades federais mantêm algum tipo de ação afirmativa.

A Universidade de Brasília reserva 20% das vagas para negros e pardos, enquanto a Universidade Federal de Pernambuco, da qual Amaro Lins é reitor, dá bônus de 10% no vestibular para alunos da rede pública.

- A proposta abre espaço para que várias outras ações possam vir a pôr abaixo tudo o que foi construído por nossas universidades - disse o presidente da Andifes.

O projeto em análise na CCJ já foi aprovado na Câmara e reserva 50% das vagas em universidades e escolas técnicas federais a alunos que tenham cursado o ensino médio na rede pública. O texto prevê subcotas para estudantes de baixa renda, negros, pardos e índios. As subcotas raciais variam em cada estado, conforme o percentual representado pelas etnias no total da população, segundo o IBGE.

Demóstenes é contra reserva de vagas para negros O presidente da comissão, Demóstenes Torres (DEM-GO), apresentará voto em separado.

Ele é contra a reserva de vagas para negros, sob o argumento de que estudantes pobres devem ter direito ao benefício, independentemente da cor. Demóstenes pensa em reduzir o percentual de vagas para cotas: - Vamos estudar até que ponto vai a autonomia universitária - declarou o senador.

- Os reitores estão dizendo que 50% mata a qualidade.

O ministro da Igualdade Racial, Édson Santos, defendeu as cotas: - Uma grande nação não se constrói em cima de desigualdades.

A universidade ganha abrigando a diversidade brasileira.

Sem políticas específicas para os negros, segundo Santos, o Brasil precisaria de pelo menos três décadas para superar as disparidades raciais, caso fosse mantido o ritmo de crescimento econômico anterior à crise.

O pesquisador do Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade e ex-presidente do IBGE Simon Schwartzman disse que a reserva de vagas beneficia poucas pessoas e põe em risco a qualidade do ensino: - Forçar a inclusão sem saber se o estudante vai concluir o curso é uma política populista.

Para o presidente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas, Ismael Cardoso, a subcota racial repara injustiças decorrentes da escravidão.

- O apartheid no Brasil foi muito mais silencioso. A universidade pública tem que servir à população.

FONTE: http://www.direitoshumanos.etc.br/index.php?option=com_content&view=article&id=549:reitores-cotas-ferem-autonomia-universitaria-&catid=16:racismo&Itemid=167